Você sabia que o idioma oficial dos Estados Unidos NÃO era o inglês?

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no sábado (1) um decreto que tornará o inglês a língua oficial do país. A Casa Branca divulgou que a medida visa promover a unidade nacional. Apesar da predominância do inglês, o país nunca teve um idioma oficial em seus 250 anos de história.

Historicamente, os EUA foram formados a partir da imigração, o que sempre garantiu uma diversidade linguística significativa.

Hoje, cerca de 350 idiomas são falados no território, desde línguas indígenas até aquelas trazidas por migrantes. Entretanto, já existem estados que decretaram individualmente o inglês como idioma oficial.

O presidente norte-americano Donald Trump – Imagem: BBC/reprodução

Contexto histórico e diversidade linguística

O território americano abrigava diversas culturas e idiomas antes da formação dos EUA. As Treze Colônias, originalmente parte da América Britânica, declararam independência em 1776. No entanto, outras regiões, como a Flórida e a Louisiana, tiveram influências espanholas e francesas, respectivamente.

Outros estados do oeste, como Califórnia e Texas, pertenceram à América Espanhola. A diversidade linguística reflete essas influências históricas e as constantes migrações.

A Convenção de Nutka e o Tratado de Tordesilhas desempenharam papéis importantes na formação linguística da nação.

Implicações do decreto de Trump

A nova ordem executiva revogará um decreto de Bill Clinton que exigia assistência linguística a não falantes de inglês.

Isso pode impactar a diversidade e a inclusão no país. Trump sustenta que a medida facilitará a eficiência governamental e incentivará a coesão cívica. No entanto, críticos argumentam que isso pode enfraquecer políticas de inclusão e diversidade.

A administração Trump já realizou operações de deportação em massa e expressou preocupações sobre a integração de migrantes em comunidades locais.

Reações e desafios futuros

Durante sua campanha, Trump alertou sobre o desafio de comunicação entre migrantes e professores nas escolas.

Ele também criticou Jeb Bush em 2015 por usar espanhol em eventos políticos. Contudo, sua estratégia eleitoral incluiu a comunicação com eleitores de fala espanhola. Atualmente, 78% dos americanos utilizam o inglês em casa, mas milhões têm outra língua materna.

A mudança proposta poderá gerar debates acalorados sobre identidade e integração. O futuro dirá se o decreto será um passo em direção à unidade ou um retrocesso nas políticas de inclusão.