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3Tentos lucra R$ 192,4 milhões no 1TRI25, alta de 23%

Empresa brasileira integrada do agronegócio.

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A 3Tentos (TTEN3) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 192,4 milhões, um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O bom desempenho foi impulsionado pelas três principais frentes de atuação da companhia — insumos, grãos e industrial — e, em especial, pela colheita de soja no Centro-Oeste, que compensou as perdas no Rio Grande do Sul.

A receita operacional líquida totalizou R$ 3,5 bilhões, alta de 30,6%. Já o Ebitda ajustado somou R$ 288,9 milhões, avanço expressivo de 109,6% sobre o primeiro trimestre de 2024.

Este foi o primeiro resultado divulgado sob a nova liderança executiva da empresa. Em abril, João Marcelo Dumoncel assumiu o cargo de CEO, substituindo seu irmão, Luiz Osório Dumoncel, que passou à presidência do Conselho de Administração.

De acordo com o balanço, a safra de soja colhida em Mato Grosso teve papel determinante no desempenho do período. “No Rio Grande do Sul, a safra foi menor, mas o volume adicional do Centro-Oeste compensou”, afirmou. A empresa também aumentou a originação e exportação de trigo, colaborando com o avanço da receita.

3tentos (TTEN3): 1TRI25

Na frente industrial, que inclui farelo e biodiesel, a receita atingiu R$ 1,825 bilhão (+20,2%), com lucro bruto de R$ 397,6 milhões (+58,9%).

O segmento de insumos cresceu 4,2% em receita, somando R$ 626,5 milhões, com destaque para as vendas no Mato Grosso, especialmente para a safrinha de milho no Vale do Araguaia. Já o volume de milho originado caiu 1,5% na comparação anual, reflexo da seca no Sul e de uma base elevada no ano anterior. Apesar disso, a companhia projeta recuperação com uma safrinha recorde em 2025, tanto para o trading quanto para a indústria de etanol.

O retorno sobre o capital investido (ROIC) subiu de 18,3% para 21,6%, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) avançou de 19,4% para 20,1%. A alavancagem financeira foi reduzida de 0,55x para 0,29x, indicando maior solidez na estrutura de capital.

Com 71 lojas — 59 no Rio Grande do Sul e 12 em Mato Grosso —, a companhia mantém sua estratégia de geração de caixa para financiar investimentos, como a nova planta de processamento de milho. “As captações passadas estão direcionadas a esses projetos, mas o resultado vem da operação”, disse João Marcelo.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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