Economia
Taxar o 1% mais rico do Brasil pode aumentar PIB em 2,4%, diz estudo da USP
Através de pesquisa, economistas da USP propõem redistribuição de renda sem que o governo precise gastar seu orçamento.
Uma pesquisa conduzida pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made-USP) mostrou que aumentar a tributação sobre os mais ricos para transferir renda aos mais pobres pode ajudar na recuperação da economia brasileira. Além disso, o estudo indicou que o governo federal não vai precisar gastar no processo.
A conta é simples: uma política de proteção social financiada a partir de tributação do 1% mais rico do Brasil pode assegurar uma transferência de R$ 125 por mês a 30% da parcela mais pobre e gerar um impacto de 2,4% positivo no Produto Interno Bruto (PIB).
Laura Carvalho, professora e economista da USP, ressaltou a importância do conceito macroeconômico chamado “multiplicador do orçamento equilibrado”. Esse conceito pode auxiliar o governo brasileiro a gastar menos, manter a máquina em atividade e diminuir a desigualdade na base da sociedade.
De acordo com ela, quem está na base da pirâmide tem maior propensão ao consumo, enquanto os ricos tendem a poupar mais da renda. Com mais dinheiro circulando do que rendendo nos bancos ou em ações, a economia tende a ser beneficiada.
Os pesquisadores usaram como referências os dados de 2017-2018 da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para chegar na conclusão de que os pobres gastam mais.
No levantamento oficial, os 10% mais pobres gastaram 87% da renda em consumo, enquanto o 1% mais rico gastou somente 24% da renda.
Além disso, no ano passado, por exemplo, a cada R$ 100 pagos pelo auxílio emergencial, a economia brasileira sentia um aumento de R$ 106,70 na renda agregada.
Considerando o auxílio, a quantia repassada era muito grande e a população beneficiada era muito superior ao que propõem os pesquisadores da USP. Nesse caso, a ideia é que o programa seja sustentável e a política possa ser financiada anualmente.

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