Ações, Units e ETF's
Após queda de ações da Petrobras, especialistas recomendam o que investidor deve fazer
Mercado financeiro reagiu negativamente ao anúncio da troca da presidência na estatal. Queda das ações da petroleira chega a 20%.
Nesta segunda-feira, 22, as ações da Petrobras tiveram uma queda de 20% após o presidente Jair Bolsonaro anunciar uma troca na presidência da estatal. Com a reação negativa do mercado financeiro, muitos investidores ficaram na dúvida sobre o que deve ser feito neste momento. Afinal, é melhor vender ou comprar mais ações, aproveitando os preços baixos?
Ao CNN Brasil Business, especialistas explicaram que, antes de mais nada, é importante manter a calma. A primeira dica é comparar o preço dos papeis na compra com seu valor atual, para verificar se o investidor teve ganho ou prejuízo neste período.
Para aqueles que acompanham a análise fundamentalista, é necessário analisar os fundamentos da empresa para tentar se antecipar sobre o que pode ocorrer posteriormente, e avaliar se a queda é pontual ou estrutural.
“Se você simplesmente, por um movimento de preço, vender as ações, pode cometer um erro muito maior. Quem não tem ações é melhor ficar de fora para ver o que vai acontecer, mas, sair agora, corre o risco de tirar da sua carteira uma ação que você já tem mantido, até porque a empresa não piorou do dia para a noite”, explicou Fabio Gallo, consultor de investimentos e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Por outro lado, a XP Investimentos acredita que “não há mais como defender a Petrobras. Alguns especialistas defendem que a recomendação dos papeis seja rebaixada de neutra para venda. Já o BTG Pactual defende que a recomendação seja rebaixada para neutra.
O Bradesco e o Credit Suisse, por sua vez, reduziram a recomendação para “underperform”. No Credit, o preço das ações foi reduzido pela metade, de R$ 16 para R$ 8, com a justificativa de que o cenário é de muitas incertezas.
Por fim, a Ohmresearch não recomenda a compra de ações da Petrobras neste momento. “O estatuto da empresa diz que ela tem que repassar para o consumidor a variação de preços internacionais (do petróleo e do dólar). Se não fizer isso, quem tem que arcar é o governo por meio de algum subsídio, mas o governo não falou se vai fazer isso e como vai fazer. […] Existe muita incerteza até porque há uma restrição orçamentaria muito grande, mas não está claro como o governo vai resolver essa equação”, declarou o CEO da empresa, Roberto Attuch.
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