Agronegócio
Disputa por contêineres afeta agronegócio brasileiro
Fretes marítimos aumentaram cerca de cinco vezes no período entre abril e julho
Embora o país esteja batendo recordes de faturamento nas vendas ao exterior, o cenário global de escassez de navios e contêineres para exportação e a disparada dos fretes marítimos estão afetando o agronegócio brasileiro. A situação não deverá melhorar antes do ano que vem, segundo especialistas.
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 11,3 bilhões, no mês de julho, 15,8% mais que no mesmo período em 2020. A elevação dos preços dos produtos se deu pelo aumento das exportações, já que os volumes caíram 9,9%.
Segundo Eduardo Heron Santos, diretor técnico da associação do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), em abril, a taxa de rolagem dos embarques era de 20%. Em julho, foi para 40%, e agora, em agosto, chegou perto de 50%. “Entre os meses de maio e julho, o segmento deixou de embarcar, por causa do problema logístico, cerca de 3 milhões de sacas, ou US$ 445 milhões”, afirma.
No segundo trimestre, a JBS e a Marfrig, fizeram um balanço na área de carnes e relataram um pouco do reflexo do problema logístico. Provocado pelo aumento de estoques, a JBS relatou um impacto de R$ 3 bilhões de reais, gerando assim, um efeito colateral do apagão de contêineres. Já a escassez de contêineres na Marfrig atrasou as exportações e reduziu dois pontos percentuais no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com uma alta de R$ 700 milhões nos estoques.
A falta de contêineres afetou os embarques nos meses entre abril e junho de açúcar orgânico para os EUA. E os fretes marítimos aumentaram cerca de cinco vezes no período. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), as altas taxas de frete e a falta de contêineres fizeram com que o preço médio marítimo subisse 217% em agosto em relação a maio, chegando a um pico de 450%. No primeiro semestre deste ano, o departamento causou um prejuízo de 36,4 milhões de reais.
Para a Maersk, maior transportadora de contêineres do mundo, as perspectivas para o segundo semestre de 2021 não são muito melhores. O diretor de operações da empresa de logística portuária Wilson Sons, Arnaldo Calbucci, lembrou que além das dificuldades de transporte, também houve atrasos na importação de fertilizantes e outros itens importantes para o agricultor.

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