Ações, Units e ETF's
Exterior positivo; Ata do Copom ‘discreta’ e PEC eleitoral pautam Ibovespa de terça
Mercados avançam no positivo: BC evita comentar alta de juros e agrado orçamentário moldam cotações
Em meio à expectativa global de que o Federal Reserve (Fed) – o bc estadunidense – poderá adotar uma política monetária mais agressiva, a partir de março próximo, por conta do ‘vigor’ da economia local, atestado pela criação, em janeiro último, de 467 mil novas vagas de trabalho – segundo apontou o Departamento do Trabalho do país, na sexta passada (4) – contra uma expectativa que não passava de 150 mil para o período, os índices futuros dos EUA avançam no positivo, ainda que ‘cautelosos’.
Índices alinhados – Como que precificando o alinhamento do mercado e o ‘pensamento’ do Fed, os índices futuros operavam no azul moderado (Dow Jones, +0,24%; S&P 500, +0,23%; Nasdaq, +0,17%), à espera de novas informações sobre o comportamento da inflação local.
Tio Sam avança – O avanço recente do emprego ianque, na verdade, é uma continuidade da performance de dezembro de 2021, quando também foram superadas as expectativas iniciais na criação de vagas, de 510 mil para 199 mil. Nesse caso, a perspectiva da águia ianque é de continuar seu voo ascendente nos próximos meses, a despeito das projeções em contrário de especialistas, em torno de uma desaceleração da atividade local, ao longo desse primeiro semestre (1S22).
Alerta do BofA – Ante a alavancada dupla emprego/renda ianque, com seu terceiro, a inflação – alta de 0,4% em janeiro último e 7,2% no ano – acendeu o alerta do Bank of America (BofA), que prevê, ao menos, sete aumentos consecutivos sobre a atual taxa do Fed de 0,25% ao ano. Reforça essa tendência a suspeita corrente de que as ações dos EUA estariam supervalorizadas.
Queda generalizada – Refletindo essa tensão, na véspera (7), o S&P 500 perdeu caiu 0,37% a 4.483,87 pontos; o Nasdaq Composite encolheu 0,58%, a 14.015,70 pontos, e o Dow Jones caiu 95 pontos, após ensaio de ligeira alta na sessão. Na agenda do investidor, a divulgação, na próxima quinta (10), do índice de preços ao consumidor de janeiro último, pelo Departamento de Trabalho local.
Meta ‘decepcionante’ – A sangria do setor de tecnologia norte-americano, já pego no contrapé do aperto monetário de Tio Sam, agravou-se ainda mais com a decepção planetária com o relatório de ganhos exibidos pela Meta, atual controladora do Facebook, cujas ações já despencaram 28% este mês. Como efeito dominó, também caíram a Alphabet, controladora do Google (-2,9%), além de Twitter, Match Group e Netflix, que perderam, cada um, os mesmos 2%.
S&P 500 de boa – Outro indicador relevante é o fato de 78% das 281 empresas que compõem o S&P 500 (índice corporativo mais importante dos EUA) reportarem ganhos acima das estimativas, o mesmo ocorrendo para 77%, no que toca à receita, informou o FactSet.
Resultados corporativos – Por fim, na terra do Tio Sam é dia de conhecer os resultados da Pfizer; Harley-Davidson; Lyft;Chipotle e Yum China.
Ásia altista – Mesmo receosa do ‘aperto do Fed’, as bolsas asiáticas fecharam em quase unânime alta (o chinês Shanghai SE, +0,67%; nipônico Nikkei, +0,13% e o sul-coreano Kospi, +0,05%. A única exceção, as perdas de 1,02% do Hang Seng Index (Hong Kong) estão relacionadas com a decisão do Departamento de Comércio dos EUA, de incluir mais 33 entidades chinesas em uma lista que impõe regras mais rígidas a exportadores (bandeira vermelha). De imediato, a iniciativa derrubou em mais de 20% as ações da WuXi Biologics, listadas em Hong Kong, antes de as negociações serem interrompidas, hoje (8).
Europa positiva – Na Europa, por sua vez, as bolsas europeias avançam no positivo, desde o início da sessão, a exemplo do britânico FTSE 100 (+0,65%); do alemão DAX, (+0,62%); do francês CAC 40 (+0,77%) e do italiano FTSE MIB (+0,96%), em linha com os futuros ianques. Apesar disso, o Stoxx 600 operava em queda de 020% a 464,35 pontos.
BP vai bem – Na região, ainda repercutem os resultados trimestrais apresentados pela petrolífera britânica BP e pelo banco francês BNP Paribas, em que a primeira acusou lucro superior ao esperado, turbinando em 1,4% suas ações no mercado inglês, ao passo que o segundo, embora tenha igualmente superado as expectativas de lucro, deixou a desejar na receita, o que determinou a queda de 1,5% para seus papéis em Paris.
Títulos em ascensão – Com a alta generalizada dos mercados, também sobem os títulos de dívida ianque, assim como os títulos do Tesouro dos EUA, com reflexos nos títulos do governo japonês (referência de dez anos), que subiram 3 pontos base (para 1,95%).
Petróleo recua – No campo das commodities, os principais tipos de petróleo amargavam perdas de 0,80% (WTI) e 0,85% (Brent), a US$ 90,59 o barril e a US$ 91,90 o barril, respectivamente, no momento em que a agência britânica Reuters informou estar em curso um acordo entre países produtores que colocaria no mercado um volume extra superior a 1 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo iraniano – acréscimo de 1% na oferta global do produto.
Minério avança novamente – Já o minério de ferro superou a marca de US$ 150 a tonelada, depois que Pequim estendeu o prazo (de 2025 para 2030) para que as siderúrgicas chinesas alcancem as metas de emissão de carbono, revelou a agência de notícias estadunidense Bloomberg. Na véspera (7), produto era negociado US$ 148,34 a tonelada no porto chinês de Qingdao.
Bradesco na tela – Na agenda tupiniquim, destaque para a divulgação do balanço do Bradesco (BBDC4), com previsão de este exibir lucro próximo do patamar estável da margem, assim como no comparativo anual.
Bom de esquiva – Em dia de publicação de ata do Copom, o saldo mais relevante, além de adiantar que pretende reduzir o ritmo das próximas altas de juros, o comitê igualmente se esquivou em definir percentuais aplicáveis no momento. No documento, o comitê considera mais adequado não sinalizar a magnitude dos seus próximos ajustes, em razão da incerteza particularmente elevada sobre preços de importantes ativos e commodities, assim como o estágio do ciclo (das condições econômicas atuais)”.
Efeitos cumulativos – Mais adiante, o comitê acrescenta que “essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante”, ressalvando que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”.
PEC da gastança – Na treta fiscal-eleitoral-paga-pelo-contribuinte, continua em evidência a chamada PEC dos Combustíveis, atualmente em tramitação no Senado Federal, que permite ao Executivo o ‘milagre’ orçamentário, de uma fictícia folga de R$ 17,7 bilhões este ano, à revelia das regras de responsabilidade fiscal. O montante em questão deverá financiar o ‘agrado’ do vale-diesel para caminhoneiros; subsidiar tarifas de ônibus urbanos e ampliar o vale-gás (agora excluindo todos os tributos nele incidentes), sem contar o pagamento do auxílio emergencial, em meio à pandemia.
IPC-S repete a dose – Na agenda pátria, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de fevereiro subiu os mesmos 0,49% do mês anterior, apurou, nesta terça (8), a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador soma alta de 9,52% em 12 meses, um pouco menor do que os 9,58% verificados em janeiro último. Das oito categorias pesquisadas, cinco tiveram aceleração, no período.
Avanços significativos – Deste modo, os avanços de preços mais significativos corresponderam aos grupos de Transportes (0,04% para 0,15%); Comunicação (0,53% para 0,76%); Habitação (0,13% para 0,18%); Alimentação (1,15% para 1,17%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,22%).
Covid mata 169,301 – No diário da covid, o vírus chinês matou 169.301 brasileiros, na média móvel de sete dias, o que representa alta de 13% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Dow Jones, +0,24%.
S&P 500, +0,23%.
Nasdaq, +0,17%.
Ásia
Shanghai SE (China), +0,67% (fechado).
Nikkei (Japão), +0,13% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,02% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), +0,05% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), +0,65%.
DAX (Alemanha), +0,62%.
CAC 40 (França), +0,77%.
FTSE MIB (Itália), +0,96%.
Commodities
Petróleo WTI, -0,80%, a US$ 90,59 o barril.
Petróleo Brent, -0,85%, a US$ 91,90 o barril.
Minério de ferro, +1,05%, a 821 iuanes ou US$ 128,95 (Bolsa de Dalian – China).
Criptomoedas
Bitcoin, +3,42% a US$ 44.107,63 (cotação de um dia).
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