A busca pela vida no espaço: descobrindo novos mundos com potencial para abrigar seres vivos

Recentemente, um novo meio de encontrar planetas habitáveis para a espécie humana foi descoberto por Anna Shapiro. A pesquisadora pertence ao instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, e o trabalho foi feito em parceria com sua equipe.

De acordo com o estudo liderado por ela e publicado na revista Nature Commons na última terça-feira (18), planetas hospedados por estrelas com baixa metalicidade são os melhores alvos para procurar vida complexa semelhante à Terra.

A pesquisa foi realizada considerando planetas similares à Terra que orbitam ao redor de diferentes tipos de estrelas, alterando diversos fatores como a metalicidade, temperatura, poder da radiação UV, entre outros.

Com esses dados, os pesquisadores conseguiram analisar como a camada de ozônio seria capaz de bloquear a radiação UV prejudicial e obter informações sobre a eficiência da proteção desses planetas.

Os cientistas descobriram que planetas semelhantes à Terra que orbitam estrelas semelhantes ao Sol e possuem pouca quantidade de metal são os mais propícios a ter as condições para a vida humana.

Isso ocorre porque esses planetas correm menos risco de serem expostos aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta, além de possuírem uma atmosfera rica em oxigênio, o que aumenta a proteção contra a radiação UV devido à camada de ozônio.

Os pesquisadores também observaram que estrelas com maior metalicidade, que apareceram mais tarde na história do Universo, emitem menos radiação UV. Entretanto, em atmosferas planetárias oxigenadas, o espectro radiativo estelar associado permite menos formação de ozônio, o que aumenta a penetração UV.

Esse fator acaba por tornar o planeta menos “amigável” para as condições as quais estamos acostumados na Terra.

Dessa forma, planetas semelhantes à Terra e com uma atmosfera rica em oxigênio que orbitam estrelas de menor metalicidade são os mais propensos a ter as condições necessárias para a vida complexa em Terra.

Os resultados da pesquisa mostram que o estudo de planetas habitáveis e de suas atmosferas é fundamental para a busca por vida extraterrestre.