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Saúde

A ciência da altura: estudo encontra genes chave na definição da altura humana

Harvard publicou os primeiros resultados em revista científica. Os genes em células de cartilagem podem determinar o tamanho dos ossos.

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Cientistas dos Estados Unidos descobriram evidências de um novo caminho para estimular o desenvolvimento dos ossos e da altura de crianças através da genética.

Se confirmada a suspeita, a pesquisa tem potencial para revolucionar os tratamentos nessa área, principalmente para combater charlatanismos e se contrapor a limitações de determinados métodos.

Hoje, o principal tratamento adotado para estimular o crescimento é a somatotropina, conhecida popularmente como hormônio do crescimento (GH), que está longe de ser considerada o ideal.

Descoberta

A nova descoberta ocorreu durante a revisão de dados e informações genéticas de roedores. A equipe de cientistas da Harvard Medical School identificou 145 genes associados com a altura.

As informações foram emparelhadas com dados humanos e, ao que tudo indica, elas se conectam, ou seja, existe uma correlação. Essas primeiras conclusões do estudo foram publicadas na revista científica Cell Genomics.

Existe, ainda, um longo caminho a percorrer até que se chegue a um resultado final. Os elementos levantados, no entanto, já ajudam com novas ideias para tratamentos de doenças que envolvem o crescimento humano.

Um exemplo disso é a displasia esquelética, que ainda não tem nenhuma opção terapêutica definitiva, mas que, no futuro, poderá ser solucionada a partir desses novos indícios.

Crescimento dos ossos

Os pesquisadores concentram o trabalho da pesquisa nos genes ativados em células de cartilagem, que estão presentes nas extremidades dos ossos dos mamíferos. Elas têm o crescimento afetado conforme a atividade genética.

Essas células são conhecidas como condrócitos e são influenciadas por, pelo menos, 145 genes. Como se multiplicam nas extremidades dos ossos, elas estão diretamente ligadas ao crescimento do indivíduo.

A função dos genes presentes nessas células seria determinar o comprimento dos futuros ossos em quem está em fase de crescimento.

Em pessoas mais velhas, com ossada já formada e estabelecida, os possíveis resultados da pesquisa não devem gerar efeitos.

145 genes

Os pesquisadores examinaram cerca de 600 milhões de células de cartilagem em camundongos para se chegar aos 145 genes do crescimento.

A equipe usou a ferramenta CRISPR para editar o genoma e separar os genes potenciais para verificar como a célula crescia sem a presença deles.

Na seleção final, ficaram somente os genes que implicavam diretamente na dificuldade de crescimento da célula, quando retirados ou “apagados” da composição dela.

Ao cruzarem as informações com características humanas, os cientistas descobriram inúmeras semelhanças. Cada gene será investigado separadamente. Os resultados, até então, são preliminares, mas indicam caminhos possíveis para novas terapias e tratamentos.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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