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Adidas, Puma e Nike: funcionários adoecem devido a rotinas exaustivas; Entenda
As principais marcas esportivas da Copa do Mundo contam com rotinas exaustivas que causam o adoecimento dos funcionários.
As principais marcas esportivas da Copa do Mundo contam com rotinas tão exaustivas que o resultado é o adoecimento de muitos funcionários. Além disso, o valor da remuneração desses trabalhadores varia significativamente de acordo com o país em que eles residem.
É importante destacar já de cara que dos 32 times que estão disputando a competição mundial, apenas seis não carregam o símbolo de alguma dessas empresas no uniforme. Mas enquanto as marcas faturam e conquistam mais público pela exibição no grande campeonato, quem paga são os funcionários.
No Brasil, muitos trabalham jornadas de mais de dez horas, aguentando dores pelo esforço repetitivo, lesões e até mesmo – pasme – se restringindo de usar o banheiro.
Isso porque qualquer distração que possa vir a atrasar ou dificultar o alcance das metas deve ser evitado. Dessa forma, a saúde desses funcionários fica cada vez mais comprometida.
Foi a pesquisa feita pela Repórter Brasil que revelou as condições precárias de trabalho que vivenciam as pessoas que trabalham para as marcas esportivas.
Foram ouvidos cerca de 12 sindicatos, distribuídos pelo Nordeste, Sul e Sudeste do país, que trabalham com esse setor, para que fosse possível entender as condições hostis de trabalho às quais os funcionários são submetidos.
s respostas revelam desorganização, falta de unidade e impotência por parte dos trabalhadores, que precisam trabalhar muito para atingir as metas impostas, mesmo ganhando pouco.
Por parte das marcas, o discurso é diferente. Afirmam que acontecem auditorias com os funcionários da linha de produção, que têm como intenção conhecer as necessidades do trabalhador, além de garantirem seguir a legislação trabalhista.
Segundo a Adidas, a marca se certifica da escolha rigorosa quanto aos fornecedores, que devem “atender os padrões globais de respeito à liberdade individual e bem-estar no ambiente de trabalho, seguindo as leis trabalhistas e convenções sindicais das categorias“.
Já a Nike, marca responsável pelas camisas da seleção brasileira que foram usadas na Copa do Mundo no Catar, conta que é prioridade para eles garantir que as pessoas sejam valorizadas e respeitadas.
“A Nike está profundamente comprometida com a fabricação ética e responsável e em garantir que todas as pessoas que fabricam nossos produtos sejam respeitadas e valorizadas“, conta a fabricante.
Por outro lado, a Puma não deu uma declaração sobre esse assunto até o atual momento.
Dentro das fábricas
Já dentro das fábricas, funcionários fazem movimentos repetitivos e cansativos, muitas vezes até mesmo em pé, e os horários para descanso e até idas ao banheiro são controlados.
As chaves para o banheiro ficam com os supervisores e cada trabalhador tem um número determinado de vezes que pode utilizar o local. Isso tudo para que a produtividade não seja afetada.
Não bastando tudo isso, para comprar a camisa do Brasil amarela, conhecida como canarinho, principal utilizada pela seleção, é necessário desembolsar R$ 700, valor impensável para quem trabalha confeccionando as camisas, já que os salários ficam na faixa de R$ 1.400 mil.
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