Economia
Alimentos estão mais caros no mundo inteiro (e você terá que se acostumar)
Diretor-executivo da Kraft Heinz acredita que preços mais altos dos alimentos continuarão sendo uma tendência no futuro.
Os preços dos alimentos estão mais caros em todo o mundo, tendência que não deve ser revertida no futuro. Em entrevista à BBC, o diretor-executivo da Kraft Heinz, Miguel Patricio, afirmou que a empresa está reajustando seus preços em vários países, criando uma inflação ”generalizada”.
Leia mais: Bolsonaro sobre combustíveis: “Não vou na canetada congelar o preço”
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), os preços globais dos alimentados bateram o recorde em dez anos, impulsionados por cereais e óleos. Nos Estados Unidos, mais da metade dos produtos da Kraft Heinz tiveram alta nos preços.
“Estamos aumentando os preços, quando necessário, em todo o mundo”, disse o executivo.
Motivos para o aumento
A retomada da economia mundial não tem sido acompanhada pela produção de matérias-primas, que recuou durante a pandemia. Com a demanda superando a oferta, os preços estão subindo. Além disso, os fabricantes precisam lidar com custos maiores de energia.
Patricio também apontou fatores locais para a disparada nos preços. “Especificamente no Reino Unido, pesa a falta de caminhoneiros. Nos Estados Unidos, os custos logísticos também aumentaram substancialmente e há escassez de mão de obra em certas áreas da economia”, explicou.
Nos 12 meses até setembro, os alimentos acumularam aumento de 12,54% no Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual está acima da inflação geral, que bateu 10,25%. No país, a alta global das commodities agrícolas, a desvalorização do câmbio e o clima geram pressão sobre os preços.
O que esperar
O executivo da Kraft Heinz acredita que parte dos custos devem ser absorvidos pelas empresas, opinião que não é compartilhada por Kona Haque, chefe de pesquisa da empresa de commodities agrícolas ED&F Man. Segundo ela, produtoras internacionais de alimentos “provavelmente terão que repassar esses custos para os consumidores”.
“Milho, açúcar, café, soja, óleo de palma, todas essas commodities alimentares básicas têm aumentado de preços. Safras ruins no Brasil, que é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, seca na Rússia, plantio reduzido nos Estados Unidos e estoques na China se combinaram com fertilizantes mais caros, energia e custos de transporte para elevar os preços”, afirmou Haque.
Além disso, como o aumento nos preços é generalizado, isso “significa que provavelmente [as empresas] não perderão clientes”.
No primeiro semestre deste ano, as vendas da Kraft Heinz cresceram 1,6%, para US$ 13 bilhões (cerca de R$ 71,7 bilhões). Na avaliação da consultoria de investimentos Morningstar, isso ainda é “bastante impressionante em relação ao período pré-pandemia em 2019”, embora demonstre uma leve desaceleração.
-
Tecnologia1 dia atrás
Já conhece o cavalo robô lançado por Elon Musk?
-
Tecnologia2 dias atrás
Proibidos! 5 aparelhos que nunca devem ser ligados na extensão elétrica
-
Criptomoedas1 dia atrás
24 anos de prisão: homem cai em armadilha do WhatsApp e mesmo assim é preso
-
Mundo1 dia atrás
Partiu? 5 países com o melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
-
Tecnologia1 dia atrás
Alerta de segurança: golpe de taxa de entrega faz novas vítimas no WhatsApp
-
Economia2 dias atrás
Alô, dona de casa! Saiba como garantir sua aposentadoria do INSS
-
Economia2 dias atrás
Salário mínimo pode chegar a R$ 1.524 e trazer desafios em 2025
-
Tecnologia2 dias atrás
Não deixe rastros! Aprenda a excluir conversas com a Meta AI do WhatsApp