Conecte-se conosco

Economia

Alta seguida da Selic atrai investidor para renda fixa

BC prevê que taxa básica de juros atinja 7,5% a.a no final do ano

Publicado

em

Crédito: invest exame

A ‘decolagem’, quase programada, da taxa básica de juros, a famosa Selic – hoje em 5,25% ao ano, mas com previsão de chegar a 7,5% ao ano, ao final de 2021 – está atraindo legiões de investidores, em busca de melhor rentabilidade por parte de ativos de renda fixa, com viés de ganhos crescentes à frente.

Momento propício – Para analistas, o momento é propício para que o investidor aloque recursos em ativos vinculados à inflação, assim como à Selic (pós-fixadas), sem contar investimentos de crédito privado (debêntures incentivadas), dos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e dos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).

Aumento precificado – De acordo com o responsável pela área de renda fixa da Nu invest (antiga Easynvest), Guilherme Artmann, o mercado já precificou o aumento de um ponto percentual da taxa básica, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que ocorre nos dias 21 e 22 de setembro próximos.

Curva de alta – Para Artmann, “o cenário macroeconômico influencia diretamente a Selic e, por consequência, a todos os investimentos, não apenas aqueles de renda fixa”, acrescentando que a “curva de juros de longo prazo já projeta uma alta para investimentos com esse perfil”.

Bater a inflação – Ao afirmar que, na ponta da rentabilidade do investidor, o principal objetivo é bater a inflação, o executivo da Nu invest lembra que, pelo menos em tese, a ideia é de que o aumento dos juros contenha ou reduza o índice de preços, além de proporcionar ganho real aos aplicadores dos recursos. Mas como essa, ainda, não é a realidade, a expectativa do mercado é de que “uma hora essa curva mude e a inflação ceda um pouco mais”.

Sem rentabilidade – No momento, em que pese os aumentos sucessivos da Selic, a alta inflacionária acaba evitando que os investimentos em renda fixa tenham rentabilidade real positiva – o retorno oferecido pelo ativo, excluída a inflação do período. Caso a inflação ceda até o final do ano, a expectativa é de que esse mercado de renda fixa ofereça ao investidor um retorno mais atrativo do que agora.

Focus na alta – De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central (BC), as projeções são de uma Selic na faixa de 7,5% ao ano, no final de 2021, bem superior aos 7% indicados na projeção de um mês antes, enquanto que, para a inflação, a previsão é de 7,11% este ano, muito acima dos 6,56% projetados há um mês.

Volatilidade voraz – Esses números refletem uma série de fatores, a exemplo das intrincadas reformas administrativa e tributária, CPI da Covid-19 (ainda em andamento), riscos fiscais e políticos, além de contribuir para dar mais volatilidade aos mercados. “Temos de ter sempre isso no radar”, afirma o assessor de investimentos da Delta Flow Investimentos, Rafael Ferline dos Santos.

Tensões agravadas – Com o agravamento das tensões políticas e da situação fiscal do país, as taxas futuras de juros, com vencimentos de cinco e nove anos, voltaram a ter dois dígitos, em patamares semelhantes aos verificados em 2018, ano da eleição do atual presidente da República.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS