Americanas deve R$ 41,2 bilhões a mais de 7.000 empresas e bancos; veja a lista

Logo após anunciar um rombo bilionário em suas finanças, a Americanas informou que a inconsistência financeira encontrada era de cerca de R$ 20 bilhões. Poucos dias depois, o valor mais que dobrou, o que já era esperado por especialistas.

Isso porque em apenas nove dias de trabalho, o diretor de relação com investidores, Sérgio Rial, descobriu a quantia inicial. Nesta semana, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro recebeu a lista de devedores da varejista e número choca: são R$ 41,2 bilhões devidos a 7.967 instituições.

A Americanas deve R$ 4,7 milhões a governos de estados, municípios e órgãos públicos. Já as empresas de pequeno porte e microempresas têm R$ 109,5 milhões a receber da companhia. A inadimplência no aspecto trabalhista chega a R$ 64,9 milhões.

Dívidas com bancos

O Deutsche Bank é a instituição financeira com a qual a empresa possui a maior dívida. O valor é de R$ 5,2 bilhões, mas esse não é o único banco que a Americanas deve. Assim como os fornecedores em geral, os bancos são aqueles com os quais a varejista mais tem débitos.

Instituições financeiras estatais também estão na lista, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Confira a relação:

• Deutsche Bank – R$ 5,2 bilhões;
• Bradesco – R$ 4,5 bilhões;
• Santander – R$ 3,6 bilhões;
• BTG Pactual – R$ 3,5 bilhões;
• Votorantim – R$ 3,3 bilhões;
• Itaú Unibanco – R$ 2,7 bilhões;
• Safra – R$ 2,5 bilhões;
• Banco do Brasil – R$ 1,3 bilhão;
• Caixa Econômica Federal – R$ 501 milhões.

Outros credores

Por ser a maior varejista do país, a Americanas tem fornecedores diversificados, e é por isso que ela deve desde companhias de streaming de música até a Nissin, dona do miojo. Na lista, é possível encontrar fornecedores de bebidas, grandes marcas de eletrônicos e até algumas redes sociais. Conheça outros credores da empresa:

• Nestlé – R$ 259,3 milhões;
• Motorola – R$ 160 milhões;
• Apple – R$ 98,6 milhões;
• Mondeléz – R$ 93 milhões;
• Panasonic – R$ 10,7 milhões;
• Vivo – R$ 8,8 milhões;
• Arcor – R$ 5,2 milhões;
• Ambev – R$ 4,1 milhões;
• Meta (dona do Instagram, WhatsApp e Facebook) – R$ 1,3 milhão;
• Samsung – R$ 1,2 milhão;
• Claro – R$ 1 milhão;
• Twitter – R$ 304 mil;
• Spotify – R$ 64,8 mil.