Finanças
Aprenda como analisar as melhores opções de crédito para seu negócio
Consultor discute sobre recursos de financiamento disponíveis no mercado e quais cuidados devem ser tomados.
Durante a Feira do Empreendedor 2020, o consultor da Colombo Assessoria, Análise e Sistemas de Planejamento Econômico, João Stadler Colombo, falou sobre as alternativas de crédito para investimento e capital de giro. Essa foi a primeira versão online do maior evento de empreendedorismo da América Latina, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo o profissional, existem possibilidades de conquistar crédito em várias etapas do negócio, desde a abertura da empresa até compras de novos equipamentos, melhorias e expansão. Igual condição é válida para quem necessita de capital de giro. O consultor apresentou o exemplo de um empreendedor que deu o pontapé inicial, adquiriu estoque e teve de pagar tudo à vista, pois “ninguém dá crédito [quando a empresa está] no começo”.
“Quando ela vai vender, parcela no cartão em três quatro, cinco vezes. Isso dá um desencaixe no fluxo de caixa, que é a ferramenta em que a gente vê as entradas e saídas”, destaca Colombo. Além disso, a maioria das contas são pagas à vista, como folha de pagamento, imposto e contador. “A grande maioria [das empresas] tem grandes dificuldades nesse primeiro momento”, frisa ele.
Independente da necessidade, o preenchimento de alguns critérios antecede a procura por recursos, a iniciar pela regularidade fiscal. “A empresa deve estar constituída, ter CNPJ e não ter restrições em relação à receita”. De acordo com Colombo, garantias também são importante e abrangem fiador, avalista e patrimônio (veículos, imóveis e investimentos).
Apesar da atenção central ser pela aprovação do crédito, é preciso observar se há a capacidade de pagamento, avaliar se a parcela cabe no orçamento. Isso pode ser feito por dois instrumentos, o fluxo de caixa e Demonstrativo de Resultados em Exercício (DRE).
Assim, a recomendação é visualizar as operações de crédito como um item à parte do fluxo de caixa – “não é custo e não é despesa”. “É uma movimentação não operacional: um anula o outro. Não tem a ver com sua atividade principal”, afirma. Contudo, os juros devem fazer parte do fluxo de caixa e serem deduzidos, pois se tratam de despesa financeira.
As operações podem ser de financiamento (imóvel ou máquina), refinanciamento (ativo existente usado como garantia) e consórcio (imóveis, construção e veículos). Outras opções são o empréstimo, que é “capital de giro puro”, assim como a antecipação de recebíveis.
O especialista recomenda pesquisar os créditos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), no Portal do Empreender. Além desses, as linhas de crédito com subsídios dos bancos de desenvolvimento e fomento, sociedades garantidoras de crédito, aplicativos e plataformas que fazem o elo entre fiador e credor, e os bancos digitais e fintechs.
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