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Cade abre nova investigação contra iFood, desta vez sobre vale-alimentação

A apuração investiga se o iFood usa de sua posição dominante para praticar práticas anticompetitivas e fechar a concorrência. Entenda.

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu uma nova investigação contra o aplicativo de delivery, Ifood. Esta é a segunda vez que a empresa passa a ser investigada e, nesse caso, a apuração é se o aplicativo usa de sua posição dominante para praticar práticas anticompetitivas e fechar a concorrência.

Veja também: Depois do Uber, iFood também oferece planos de desconto para entregadores 

Para inibir estas práticas anticompetitivas, o Cade já adotou medidas preventivas contra a empresa e diz que não descarta voltar a fazer.

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) abriu uma investigação no dia 14 de março para averiguar se a empresa desrespeitou as leis concorrenciais, favorecendo o Ifood Benefícios, que é um próprio cartão vale-alimentação. Sendo assim, ela estaria abusando de sua dominância, dificultando o uso de outros cartões na plataforma a partir de subsídios cruzados.

Em 2020, a Rappi e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) abriram um processo contra a empresa devido sua prática de contrato de exclusividade entre o Ifood e os estabelecimentos conveniados. Neste caso, o Cade já mandou a empresa parar com a prática.

Com a saída do Uber Eats, que ocupava o segundo lugar no segmento de delivery de comida, o Ifood passou a quase monopolizar o mercado e pode até ultrapassar 80% do setor.

“A Uber Eats, uma empresa mundial, que investiu milhões no Brasil, chegou à conclusão de desistir do país porque foi impossível competir. Ter a grande liderança passa, o problema é usar isso para esfolar [a concorrência]”, disse o presidente da ABBT.

Lucas Pittioni, que é diretor jurídico da empresa, defende o contrato de exclusividade: “Um restaurante precisa de recurso para modernizar a cozinha, o iFood decide ajudar, assina contrato em regra curto, de 12 meses ou um pouco mais, para que a gente possa durante esse período ter retorno do investimento feito.

Por que um concorrente que não contribuiu para esse investimento poderia se beneficiar de cara?”

Sobre os cartões de benefício, Pittioni diz que o Ifood não tem interesse em restringir meios de pagamentos e sim, aumentar o volume de negócio. “Quanto mais meio de pagamentos aceitar, mais pedidos recebe e mais o iFood cresce“, afirma ele.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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