Economia
CNC quer reforma administrativa
Confederação Nacional do Comércio.
O crescimento descontrolado da dívida pública poderá trazer impactos profundos ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos 50 anos, afetando diretamente a saúde financeira das empresas brasileiras. Essa é a conclusão de um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em 1º de outubro de 2024. A entidade alerta que, sem a implementação de medidas estruturais, como a reforma administrativa, o prejuízo acumulado poderá ultrapassar R$ 1,375 trilhão, colocando em risco a sustentabilidade dos negócios.
De acordo com o estudo, para cada aumento de 1 ponto percentual na dívida pública em relação ao PIB, o Brasil perde aproximadamente R$ 1,3 bilhão por ano, o que afeta a capacidade de investimento do setor privado, aumenta o custo do crédito e compromete a competitividade do país. A CNC defende a reforma administrativa como uma solução indispensável para evitar a estagnação econômica e a crescente pressão fiscal sobre as empresas. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressaltou que a questão é de sobrevivência do setor empresarial brasileiro.
Nos últimos 20 anos, os gastos públicos cresceram a uma taxa média de 53% ao ano, enquanto as receitas aumentaram apenas 35%, alimentando déficits consecutivos e forçando o governo a buscar mais endividamento. Esse cenário impõe uma carga tributária crescente sobre o setor produtivo, que já enfrenta uma das mais altas taxas de impostos do mundo.
Reforma Administrativa
O estudo da CNC também aponta que, sem a reforma administrativa, o desequilíbrio fiscal poderia aumentar a carga tributária em até 9% do PIB, gerando efeitos devastadores para as empresas. A dívida pública, que era de 45,3% do PIB em 2008, atingiu 77,8% em 2023, e a tendência é de crescimento contínuo. Esse aumento limita a capacidade do país de investir em áreas estratégicas como infraestrutura, saúde e educação, essenciais para a competitividade das empresas.
A CNC estima que a reforma administrativa poderia gerar uma economia de R$ 330 bilhões em 10 anos, além de atrair novos investimentos por meio de privatizações e concessões. No entanto, se nenhuma solução for adotada, o aumento da dívida pública impactará negativamente o crescimento econômico, a inovação e a capacidade das empresas de competir globalmente.
O estudo também sugere a necessidade de corrigir distorções na alocação de gastos públicos, especialmente na educação, onde o Brasil investe mais por aluno no ensino superior do que no ensino fundamental. Segundo o presidente da CNC, se a questão fiscal não for resolvida, o empresariado será o mais prejudicado, uma vez que o risco-país aumentará, inibindo novos negócios e afastando investidores.
Para reforçar a urgência dessas reformas, a CNC lançou uma campanha em redes de TV e mídias sociais, destacando a importância de reduzir a dívida pública para promover o desenvolvimento econômico do país.
(Com Agência Brasil).

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