Conecte-se conosco

Finanças

Dinheiro esquecido: mais de R$ 8,7 bilhões podem ser resgatados; veja como consultar

Milhões de brasileiros podem ter valores esquecidos em bancos. Veja como consultar sua possível parte dos R$ 8,7 bilhões disponíveis.

Publicado

em

Milhões de brasileiros podem ter valores esquecidos em contas bancárias ou instituições financeiras, totalizando cerca de R$ 8,7 bilhões. Esses recursos, chamados de “dinheiro esquecido”, incluem saldos residuais de contas antigas, tarifas cobradas indevidamente e até recursos de pessoas falecidas que ainda não foram resgatados pelos herdeiros.

De acordo com o Banco Central (BC), o montante está dividido entre 44,5 milhões de pessoas físicas e 3,9 milhões de pessoas jurídicas.

Apesar de o prazo para saques ter encerrado em 16 de outubro do ano passado, um novo edital será divulgado em breve, permitindo que os interessados solicitem os valores esquecidos.

Como acessar o Sistema de Valores a Receber (SVR)

O Banco Central estima que R$ 8,7 bilhões podem estar esquecidos em contas e instituições financeiras. (Foto: Rmcarvalho/Getty Images)

O acesso ao dinheiro esquecido é feito pelo Sistema de Valores a Receber (SVR), disponível no site oficial do Banco Central. Basta informar CPF ou CNPJ e a data de nascimento para verificar se há valores pendentes.

Quando o edital for publicado, os beneficiários terão 30 dias para solicitar os recursos. Caso o prazo seja perdido, ainda será possível recorrer judicialmente por um período de seis meses.

É importante lembrar que, caso os recursos não sejam requisitados em até 25 anos, eles serão incorporados definitivamente ao patrimônio da União.

Essa medida foi sancionada em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como parte de um esforço para compensar o déficit de R$ 25 bilhões previsto no orçamento de 2024.

Por que há tanto dinheiro esquecidos?

Existem diversas razões pelas quais valores ficam esquecidos em instituições financeiras. Uma das mais comuns é a falta de acompanhamento de contas inativas, como contas-correntes ou poupanças que não foram encerradas.

Em muitos casos, os titulares mudam de endereço, perdem o contato com a instituição ou simplesmente esquecem a existência dessas contas. Tarifas cobradas indevidamente também entram nessa lista, além de recursos provenientes de heranças que não foram reclamados pelos beneficiários ou seus herdeiros legais.

Muitas vezes, empresas encerram operações sem repassar saldos residuais a seus clientes, seja por falhas administrativas ou por falta de comunicação. Além disso, valores ligados a consórcios não resgatados, devoluções financeiras não processadas e depósitos judiciais acumulam-se nos sistemas bancários.

Para evitar perdas, é fundamental que os consumidores mantenham seus dados atualizados, consultem periodicamente as instituições e acompanhem as movimentações financeiras com frequência.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

Publicidade

MAIS ACESSADAS