Do banho ao prato: A bucha vegetal também pode ser comestível?

Você comeria a bucha que usa para tomar banho? Pode parecer estranho, mas isso pode fazer sentido. Conheça a bucha vegetal e todas as suas funções.

Muito utilizada na limpeza e na esfoliação da pele durante banho, a bucha vegetal tem mais uma característica que é muito pouco conhecida: ela também é comestível.

A espécie Luffa cyllindrica é da mesma família da melancia, da abóbora e do pepino e, quando ainda está verde, se assemelha muito a ele.

Somente quando está totalmente madura é que ela apresenta aquele aspecto fibroso usado como alternativa na higiene pessoal e na limpeza de ambientes como alternativa à esponja de poliuretano comercializada em mercados.

O naturopata alemão Louis Kuhne trouxe da Ásia para a Europa, no final dos anos 1800, a lufa, como a esponja, também é chamada. Na Ásia a lufa já era utilizada de diferentes formas.

Kuhne tinha a lufa como acessório favorito para higienização da pele, difundindo o banho de fricção no continente após a peste bubônica.

Com sabor adocicado que lembra muito o pepino, assim como a textura, está muito presente em pratos tailandeses, chineses, vietnamitas e filipinos. É comum ver a bucha refogada como acompanhamento de carnes, soja e outros legumes.

Assim como o pepino, a esponja pode ser encontrada em saladas e conservas, além de alguns molhos, ou até mesmo ser consumida crua. Outra forma de prepará-la é assando recheada com carne e queijo, como uma abobrinha.

As sementes também podem ser retiradas e torradas, ao sol ou no forno, e consumidas como petiscos.

A bucha vegetal verde tem várias propriedades que a tornam muito procuradas por quem quer perder peso. Rica em antioxidantes, vitamina A e minerais, ajuda a manter a função hepática em dia, evita constipação e ajuda na melhora da visão.

No entanto, é importante destacar que nem todas as buchas podem ser consumidas, apenas a bucha lisa e a bucha de costela. A buchinha do norte, que é menor, pode ser tóxica, se consumida.