Economia da Alemanha apresenta queda recorde no 2º trimestre

A economia alemã apresentou uma queda um recorde no segundo trimestre de 2020, em comparação aos três meses anteriores. No total, a contração foi de 9,7% no período. O resultado negativo foi motivado pela pandemia da Covid-19. De acordo com informações da agência de estatísticas, os gastos dos consumidores, os investimentos das empresas e as exportações entraram em colapso durante o ápice da crise.

A agência ressaltou ainda que as perdas econômicas foram muito mais fortes do que durante a crise financeira, que ocorreu há mais de uma década. O resultado representa a queda mais forte desde 1970, quando a Alemanha iniciou os cálculos do PIB trimestral.

Mesmo assim, a leitura superou a estimativa anterior para o período de abril a junho. No mês passado, a agência havia publicado que o recuo previsto era de 10,1% no trimestre.

Os gastos dos consumidores encolheram 10,9% no período. Já os investimentos de capital recuaram 19,6%, enquanto as exportações caíram 20,3%, conforme dados ajustados sazonalmente.

Até mesmo o setor de construção, que normalmente é uma atividade que garante o crescimento para a economia alemã, apresentou queda de 4,2% no trimestre.

De acordo com o economista do VP Bank, Thomas Gitzel, o segundo trimestre foi um completo desastre na economia do país. “Independentemente de investimentos, consumo privado, exportações ou mesmo importações –tudo estava em queda livre”, afirmou.

O gasto estatal foi o único que obteve resultados positivos no período. O setor subiu 1,5% no trimestre devido aos programas de resgate do governo na pandemia, segundo a agência.

Já o emprego caiu 1,3% no ano para 44,7 milhões. Esse resultado indica que os esforços do governo para proteger o mercado de trabalho durante a crise do coronavírus com programas de jornada reduzida estão compensando.