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Economia

Entenda o porquê dos preços estarem disparando nos supermercados brasileiros

Além da alta do dólar, é preciso considerar a mudança na dinâmica dos lares com a pandemia do novo coronavírus.

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O valor da cesta básica está pesando no bolso de muitos brasileiros. Recentemente, as redes sociais foram tomadas por postagens comentando o valor do arroz, que chegou a custar R$ 40 nos supermercados. O feijão, dependendo do tipo, apresentou aumento de mais de 30% no ano, de acordo com dados da inflação oficial. O leite longa vida, por sua vez, ficou 22,99% mais caro, e o óleo de soja, 18,63%. 

Mas, afinal, por que os preços dos alimentos estão aumentando tanto?

O primeiro fator a ser destacado é o alto valor do dólar, contribuindo para que muitos produtores optem por exportar os produtos e ganhar em dólar, em vez de vender no mercado interno. Em agosto de 2019, o dólar rondava os R$ 4. Hoje, a moeda norte-americana passa dos R$ 5. 

Portanto, com menos oferta de alimentos no mercado interno, os preços sobem. A situação do arroz conta com mais um agravante: a queda de 59% nas importações do produto entre os meses de março e julho deste ano. 

O auxílio emergencial, por outro lado, também contribui para tal realidade. A pandemia alterou os hábitos de consumo da população que, atualmente, já não come fora com a mesma frequência. Assim, as compras para o consumo na residência aumentaram. 

Essa dinâmica ganhou ainda mais força com o benefício de R$ 600 pago pelo governo. Esse recurso foi direcionado, em maior medida, para a população mais pobre, que concentra seus gastos em alimentos. 

Também por conta da pandemia, os países estão refazendo seus estoques de alimentos, sobretudo a China, maior parceiro comercial do Brasil. Nesse caso específico, os chineses estão comprando principalmente carne do mercado interno brasileiro, ou seja, menos produtos vão permanecer no mercado interno, aumentando os valores. 

Outro ponto que vale ser ressaltado é a alta dos preços dos combustíveis, fator que encarece a logística da distribuição dos produtos. Em agosto deste ano, a gasolina foi o item de maior peso na inflação oficial, apresentando alta de 3,22%.

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