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Economia

Epicentro do coronavírus, Brasil lidera retomada econômica na América Latina

Economistas temem que a continuidade da disseminação do novo coronavírus possa retardar a recuperação econômica do Brasil.

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Epicentro do coronavírus, Brasil lidera retomada econômica na América Latina

Se por um lado o Brasil é o país que enfrenta o surto de Covid-19 mais grave na América Latina, por outro, é o que emerge com a recessão mais leve da região. Isso se deve à reabertura antecipada da economia e ações de estímulo temporárias. 

Atrás somente dos Estados Unidos da América, epicentro global do vírus, o Brasil registrou desempenho superior às expectativas de economistas em indicativos como produção industrial e vendas no varejo. Os números estão associados à retomada de operações das fábricas e o dinheiro injetado na economia, com os benefícios de programas sociais oferecidos pelo governo. 

Dados atuais fizeram com que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, enxergasse a estimativa de queda de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 como pessimista. A pesquisa Focus aponta contração de 5,6% neste ano. Porém, de qualquer modo, a projeção brasileira é mais positiva do que a de seus principais concorrentes na região, Argentina e México, com compressão de 12,5% e 9,8%, respectivamente. Não é à toa que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acumulou alta de 30% no último trimestre.

“O Brasil se beneficiou por manter alguns setores da economia abertos”, afirmou o chefe de pesquisa econômica para a América Latina do Barclays, Marco Oviedo. Contudo, ele lembrou que retornar ao trabalho não representa ignorar as recomendações de distanciamento social. “É preciso enviar uma mensagem de que isso é sério”, lembrou.

Além disso, especialistas receiam que a continuidade na disseminação do novo coronavírus pelo país ainda possa retardar a recuperação econômica. E grande parte deles sinalizam que os indicadores melhores na economia podem estar relacionados aos programas de assistência, não necessariamente à flexibilização do isolamento social.

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