Fala de Bolsonaro sobre regra do teto e dados de serviços pode movimentar Ibovespa

Nesta quinta-feira, 13, as bolsas asiáticas fecharam em alta, na mesma linha positiva dos índices de ações de Nova York, que fecharam no azul no dia anterior. Os números refletem os dados de inflação maior nos Estados Unidos e a notícia emitida pelo governo estadunidense, de que vai adquirir cem milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela Moderna.

Após onda otimista, os futuros dos índices norte-americanos atuaram em queda ao longo da manhã. As bolsas europeias seguiram o mesmo caminho, com olhos para os dados de solicitação de seguro-desemprego nos EUA.

No cenário brasileiro, as articulações do Ministério da Economia, com a perda de nomes relevantes na noite da última terça-feira, 11, respingou na bolsa. O Ibovespa fechou com uma leve queda e o dólar apresentou alta, ambos na direção contrária dos mercados internacionais.

Especialistas do mercado financeiro analisam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apostou alto demais ao categorizar uma “debandada” em sua pasta. Já o apoio de Guedes na manutenção do teto de gastos, que é bem visto pelos investidores, refletiu na fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Após reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro se pronunciou dizendo que “nós respeitamos o teto dos gastos, queremos a responsabilidade fiscal”.

Agora, falta observar se isso irá reanimar o mercado, que avalia a agenda neoliberal de Guedes despencando gradativamente. Alguns economistas, como Zeina Latif, se encontram com um pé atrás nas decisões do presidente, que pode deixar ser atraído pela popularidade obtida diante da distribuição do auxílio emergencial, o que coloca em xeque a regra do teto.