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Ações, Units e ETF's

Ibovespa encerra em queda puxada por NY e petróleo

Ações de tecnologia pressionam e Dow Jones recua 2,25%, aos 27.500 pontos e o Nasdaq despenca 4,11%, aos 10.847 pontos.

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O início da semana foi um teste para os nervos. O novo sell-off das empresas de tecnologia, a tensão comercial entre EUA e China e a queda no preço do barril de petróleo derrubaram as bolsas lá fora e aqui. O Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,21%, aos 100.012 pontos. O giro financeiro somou R$ 20,674 bilhões.

Nem mesmo o feriado da véspera foi suficiente para aliviar os ânimos. As ações das chamadas “techs” foram alvo de pressão novamente. Em meio as incertezas sobre a recuperação da economia no mundo, os investidores passaram a se questionar sobre a capacidade dessas empresas manterem a taxa de crescimento elevada.

Para o operador da Atuação Investimentos Nicolas Balafas, os investidores estão realizando um movimento de rotação de papéis, por questionarem se as “techs” continuarão registrando crescimentos robustos. “O investidor não vende por ele acha que outras vão subir mais, ele questiona o crescimento dessas ações  e migram para papéis consolidadas, que não são tão caros e que têm um menor risco de perda bruta, em caso de uma possível bolha”, pondera o profissional.

Para ajudar na tensão do dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que reduzirá fortemente os laços econômicos com a China. Disse ainda que poderá punir empresas norte-americanas que criarem empregos no exterior e proibir as que têm transações comerciais na China de realizar negócios com o governo norte-americano.

Além disso, o preço do petróleo no mercado internacional sofreu uma forte queda após a Arábia Saudita reduzir o preço de venda para compradores na Ásia, o que levou as ações da Petrobras e encerrarem com declínio.

Logo cedo, o Banco Central divulgou o boletim Focus que mede o humor do mercado sobre os indicadores econômicos. Depois de nove semanas seguidas prevendo melhora do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, hoje os economistas revisaram para uma queda maior, de 5,31%, ante 5,28% na semana anterior. Para a inflação, houve um aumento de 1,77% para 1,78% – a quarta alta seguida.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Disponibilizada Interna (IGP-DI) registrou alta em agosto de 3,87%, ante avanço de 2,34% em julho. Com isso, o resultado acumulado no ano subiu para 11,13% e, em 12 meses, ficou em 15,23%.

As questões políticas seguem no foco, como o desentendimento entre o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia no final da semana passada. Também serão acompanhadas as discussões sobre as reformas administrativa e tributária. O Orçamento de 2021 é outro tema que continuará sendo monitorado, principalmente, porque ele precisa incorporar os pedidos do presidente Jair Bolsonaro, como o auxílio emergencial, sem romper o “teto dos gastos”.

Foram destaques de alta do Ibovespa hoje: Azul (+7,08%), Localiza Hertz (+4,99%) e BRMalls (+4,44%). Do lado negativo figuraram: PetroRio (-5,58%), Petrobras ON (-3,86%) e Petrobras PN (-3,23%).

Em Nova York, o Dow Jones encerrou com queda de 2,25%, aos 27.500 pontos e o Nasdaq caiu 4,11%, aos 10.847 pontos.

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