Imposto de Renda: maiores rendas pagam menos impostos!

Infelizmente para alguns e felizmente para outros, em uma escala mundial, quando trata-se da análise do mercado externo e interno, o Brasil é fortemente conhecido por suas grandes cargas tributárias que são pesadíssimas, tanto para as empresas quanto para os cidadãos que pagam taxas grandes nos produtos que são consumidos diariamente.

Na realidade, quando o assunto é o Imposto de Renda, o território brasileiro, na maioria dos casos, o tributo é automaticamente descontado de forma direta do salário dos trabalhadores.

Não obstante, é fundamental deixar claro que, assim como no resto do mundo todo, o Imposto de Renda é progressivo. Mas o que isso significa?

Em síntese, o imposto passa a ser dividido conforme as faixas de renda dos sujeitos e com uma alíquota que pode ficar maior na medida em que os ganhos dos sujeitos crescem. No entanto, no Brasil, ocorre um processo um tanto injusto quando pensamos nas faixas salariais dos sujeitos que habitam esse território.

O Brasil possui, de fato, menos faixas do Imposto de Renda do que uma parte significativa dos demais países do mundo e uma alíquota máxima, aplicada sobre os mais ricos da tabela que gira em torno de 27,5%. Assim, essa cobrança não só é mais baixa do que todos os países do mundo que possuem o perfil semelhante ao do Brasil e que são plenamente desenvolvidos, como é aplicada naqueles que possuem as menores rendas.

O resultado desta intempérie fiscal é que os sujeitos que possuem salários extravagantes, ou seja, super salários que acabam pagando muito menos impostos do que os sujeitos que recebem um salário mais baixo, ditos de classe média.

De acordo com o presidente do Sindifisco, Isac Falcão: “É exatamente o contrário do que deveria ocorrer. São os que podem pagar menos (Imposto de Renda), pagando mais, e os que podem pagar mais, pagando menos“. Levando essa premissa em consideração, entende-se que a revisão da tabela do Imposto de Renda precisa ser feita com urgência.