JBS (JBSS3) prepara listagem na NYSE, mas tenta ‘driblar’ ESG

Alvo de sucessivos adiamentos – seja por conta da pandemia; critérios ESG; indefinições sobre a estrutura do negócio ou implicações fiscais – a JBS (JBSS3) agora estuda a possibilidade de obter a listagem de suas ações na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), mas com a ‘dispensa’ de “operações brasileiras”, assinala o relatório encaminhado pelo banco BTG Pactual aos clientes hoje (9), que leva a assinatura do seu diretor financeiro Guilherme Cavalcanti, e da diretora de Relações com Investidores, Christiane Assis.

Recomendação reiterada – O preço-alvo para as ações da JBS foi elevado pelo BTG Pactual de R$ 45 para R$ 50. A recomendação de compra foi reiterada.

Conclusão em 2022 – Para os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, a expectativa da administração da JBS é de “reiniciar o processo de listagem em 2022 e ainda vê a conclusão desse processo até o final do ano como viável”, ressalvando que “há possíveis mudanças sendo avaliadas em sua estrutura, incluindo a inclusão ou não das operações de carne bovina no Brasil na potencial entidade listada nos Estados Unidos”.

Hora do drible – De acordo com Duarte e Brustolin, “nesta estrutura, a JBS driblaria algumas das resistências ESG em vigor, mas isso é algo que a empresa já está abordando agressivamente por meio de sua meta zero de carbono e iniciativas de impedir o desmatamento”.

Risco potencial – Ao mesmo tempo, os analistas explicam que o avanço da discussão em torno de reformas tributárias em várias partes do globo – no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na Europa – existe a possibilidade de a questão da ESG ser vista como ‘risco potencial’ , em vez de servir como ‘cenário-base’.