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Saúde

Madrugadores, cuidado! Pesquisa revela impacto de dormir após as 23h no ganho de peso

Dormir pouco ou mal aumenta a produção do hormônio da fome e reduz a produção do hormônio da saciedade.

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O sono é uma parte crucial de nossa saúde e bem-estar, e um estudo brasileiro recente mostrou como o horário de dormir pode afetar significativamente nosso peso.

O estudo, denominado “Sonar-Brasil: investigações cronobiológicas do sono, alimentação e nutrição”, realizado pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), analisou as respostas de 2.050 brasileiros.

A pesquisa, publicada na revista científica Sleep Medicine, revelou uma correlação direta entre dormir tarde e um Índice de Massa Corporal (IMC) mais alto.

Entendendo a pesquisa e seus resultados

A pesquisa abordou vários aspectos, incluindo padrões de sono, hábitos alimentares e atividades físicas. Os resultados mostraram que quase metade dos participantes (45,1%) eram considerados “dorminhocos tardios”, indo para a cama após as 23h. Surpreendentemente, mais da metade (51,7%) dormia menos de 7 horas por noite. Entre os participantes, 30,1% estavam com sobrepeso e 14,7% eram obesos.

Interessante é que a pesquisa descobriu que, a cada hora adicional de sono, o IMC dos participantes diminuía em 0,19 kg/m², enquanto adiar a hora de dormir aumentava o IMC na mesma medida. Ou seja, as pessoas que dormiam mais cedo e por mais tempo tinham um IMC menor do que aquelas que dormiam menos e mais tarde.

Aumento do homônimo da fome e redução do hormônio da saciedade

A nutricionista Giovana Longo Silva, principal autora do estudo, explicou que dormir pouco ou mal aumenta a produção do hormônio da fome, a grelina, e reduz a produção da leptina, o hormônio da saciedade. Isso leva a um aumento da fome no dia seguinte. “Uma única noite mal dormida já causa esse efeito no dia seguinte”, disse Silva.

Além disso, a falta de sono adequado leva a um aumento na procura por alimentos ricos em açúcar e gordura, que proporcionam energia rápida.

Maior fadiga e redução de atividade física

A neurologista Letícia Soster, do Grupo Médico Assistencial do Sono do Hospital Israelita Albert Einstein, concorda com os achados, ressaltando que a privação do sono leva a uma maior fadiga e a uma redução da atividade física. Ela enfatiza a importância de dormir mais cedo, destacando que “dormir 8 horas durante o dia não é o mesmo que dormir à noite”.

Os pesquisadores da UFAL criaram a página Cronus-Sonar no Instagram e no YouTube para compartilhar dicas de saúde em linguagem acessível. Eles esperam que os resultados do estudo incentivem os profissionais de saúde a incluir perguntas sobre os hábitos de sono dos pacientes em suas consultas.

“Os padrões de sono e de alimentação do paciente devem ser avaliados junto a outros fatores de risco”, concluiu Silva.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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