Menos trabalho, mais saúde: semana de quatro dias faz bem para trabalhadores

É de se imaginar que trabalhar quatro dias por semana, ao invés de cinco ou seis, pela mesma quantidade de horas e ainda receber o mesmo salário teria efeitos na felicidade dos funcionários, não é verdade? Parece até um sonho, mas, na verdade, é uma prática que vem se tornando real em cada vez mais países pelo mundo.

Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, um ano depois de um programa piloto feito com a redução de dias efetivamente trabalhados, a média de horas dos funcionários continuou diminuindo. Como consequência, o bem-estar físico e mental dos funcionários só fez melhorar, graças aos menos dias trabalhados.

Inclusive, um novo estudo feito pela 4 Day Week Global, que é uma organização sem fins lucrativos que promove essa adaptação da semana profissional, acompanhou o bem-estar, a saúde e também os resultados comerciais de 41 empresas que adotaram a semana mais curta um ano depois da execução do programa de testes,

Os resultados foram verdadeiramente surpreendentes, apontando que as pontuações relativas à saúde mental e física permaneceram equilibradas durante o ano todo, enquanto o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal só melhorou.

No entanto, a satisfação dos profissionais com o trabalho teve uma queda, enquanto as taxas de esgotamento dos funcionários aumentou. Mas, isso não é necessariamente uma má notícia, já que os indicadores mesmo com essas alterações continuam melhores do que na semana de cinco dias.

“Uma preocupação que ouvimos com frequência é que não há como os resultados de nossos testes de seis meses serem mantidos, pois a novidade acaba passando, mas aqui estamos um ano depois com benefícios que continuam a aumentar. Isso é muito promissor para a sustentabilidade desse modelo”, informou Dale Whelehan, CEO da 4 Day Week Global, no relatório da pesquisa.

Assim, os benefícios da redução da semana de trabalho para quatro dias ao invés dos tradicionais cinco, mantendo as mesmas oito horas diárias, devem apenas aumentar e se consolidar com o tempo, ao contrário do esperado, que era de se dissipar.