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Mercados reagem com euforia a acordo EUA-China que reduz tarifas

O pacto inicia uma trégua de 90 dias na “guerra comercial”.

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Um novo acordo firmado entre os Estados Unidos e a China reacendeu o otimismo nos mercados globais, ao prever cortes temporários nas tarifas recíprocas impostas entre as duas maiores economias do mundo. O pacto, que inicia uma trégua de 90 dias na guerra comercial, foi classificado por analistas como “melhor do que o esperado” e “mais viável”, com potencial de trazer alívio a investidores no curto prazo.

Segundo os termos divulgados em Genebra, as tarifas sobre produtos comercializados entre os dois países serão significativamente reduzidas. As alíquotas, que antes ultrapassavam os 100% em certos casos, cairão para cerca de 10% para ambos os lados. No entanto, o governo dos EUA manterá a tarifa de 20% sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, o que manterá a tarifa média americana sobre importações da China em 30% durante o período de trégua.

O acordo

O acordo representa um passo significativo rumo à normalização das relações comerciais entre EUA e China, mas especialistas seguem cautelosos quanto à possibilidade de avanços mais estruturais nas negociações nos próximos meses.

Linha do Tempo

2018

  • Março:  Trump anuncia tarifas sobre importações de aço (25%) e alumínio (10%), atingindo vários países, incluindo a China.
  • Abril: China impõe tarifas retaliatórias sobre US$ 3 bilhões em produtos dos EUA.
  • Julho: EUA impõem tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses. A China responde na mesma medida.
  • Agosto: Nova rodada de tarifas: EUA taxam mais US$ 16 bilhões em produtos chineses; Pequim responde na mesma proporção.
  • Setembro: EUA aplicam tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses (com promessa de subir para 25% em 2019). China reage com tarifas sobre US\$ 60 bilhões em bens dos EUA.

2019

  • Maio: EUA elevam tarifas de 10% para 25% sobre os US$ 200 bilhões em produtos chineses. China responde com aumento de tarifas sobre US$ 60 bilhões em importações dos EUA.
  • Junho: Trump e Xi Jinping se reúnem na cúpula do G20 no Japão. Concordam em retomar negociações.
  • Agosto: EUA anunciam novas tarifas sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses. Pequim anuncia novas tarifas e suspende compras de produtos agrícolas dos EUA.
  • Outubro: Negociadores anunciam um “acordo de princípio” para a chamada Fase 1.

2020

  • Janeiro: Assinatura da Fase 1 do Acordo Comercial em Washington:
  • China se compromete a comprar US$ 200 bilhões a mais em bens e serviços dos EUA até o fim de 2021.
  •  Promessas sobre proteção à propriedade intelectual e acesso ao mercado financeiro.
  • EUA suspendem aumento de tarifas previsto e reduzem tarifa de 15% para 7,5% sobre US$ 120 bilhões em produtos.
  • Pandemia da Covid-19 interrompe parte das negociações e reduz o cumprimento das metas comerciais.

2021

  • Com governo Biden, os EUA mantêm a maior parte das tarifas herdadas, mas com tom menos agressivo.
  • China não atinge metas de compras da Fase 1, segundo análise independente.
  • Diálogo é retomado, mas sem avanços concretos.

2023-2024

  • As tensões se mantêm elevadas, com restrições dos EUA à exportação de semicondutores e tecnologia para a China.
  • China responde com políticas de apoio às suas empresas e boicotes a fornecedores ocidentais.

2025

  • Março: EUA e China anunciam acordo provisório para reduzir tarifas recíprocas para cerca de 10%, com exceção de itens como o fentanil (EUA mantêm tarifas de 20%).
  • Trégua de 90 dias é firmada, reacendendo otimismo nos mercados e abrindo espaço para negociações mais amplas.

(Com Agências Internacionais).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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