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Economia

Mudança total! Por que ir ao mercado em 2035 será muito diferente de 2023?

Tomada de consciência dos consumidores leva empresas a repensarem políticas de produção e transparência na hora de vender um produto

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Uma simples ida ao supermercado tende a ser muito diferente em 2035 em relação à experiência atual. Isso, porque o setor enfrenta um processo de modificação, em razão do aumento da consciência entre os consumidores.

Com clientes cada vez mais atentos à sustentabilidade e preocupados com informações relacionadas à origem dos produtos, as empresas já começaram a se adaptar em busca de melhor qualidade dos itens e das embalagens.

Em um painel recente de especialistas, ocorrido no evento Sustainability Next Summit, promovido pela Dow and Fast Company, a aposta foi de que as prateleiras dos mercados serão muito diferentes da maneira como as vemos hoje.

Com perguntas e respostas, os participantes demonstraram como os clientes passarão a avaliar se os produtos e embalagens são, de fato, sustentáveis, antes de efetivarem a compra. A mudança será grande.

Veja abaixo os quatro pontos principais destacados pelos especialistas:

1 – Consumidores querem transparência da jornada de produção

Na próxima década, espera-se que consumidores passem a olhar para as informações de sustentabilidade e compromisso com as causas ambientais dos produtos do mesmo jeito que olham para rótulos nutricionais.

Essa visão foi exposta pela diretora de marketing da PepsiCo na América Latina, Veronica Riojas, que acredita que os clientes vão querer se informar e saber como e onde um produto foi produzido, e que tipo de impacto foi gerado.

Diante desse cenário, nada mais natural que uma correspondência imediata da indústria, sob pena de perda de espaço no mercado. As empresas já começaram a investir em embalagens inovadoras e devem seguir nesse caminho para atender o “cliente do futuro”.

A diretora de sustentabilidade da Colgate-Palmolive, Ann Tracy, participou do encontro e informou, por exemplo, que a empresa iniciou a produção do primeiro tubo de pasta de dente reciclável.

2 – Uso de ferramentas digitais para acelerar a transparência

Ferramentas online, além de ajudarem o consumidor na busca de informações, poderão também auxiliar as empresas e produtores a dar mais detalhes sobre os itens produzidos.

A PepsiCo, por exemplo, está imprimindo QR Codes nas embalagens de batatas fritas, produzidas pela subsidiária mexicana Sabritas, por meio dos quais os clientes podem conhecer todas as etapas do produto até a chegada ao mercado.

Esse tipo de recurso deve se tornar cada vez mais comum. O acesso facilitado aos detalhes da fabricação, desde a colheita dos insumos básicos, é uma estratégia importante de transparência.

3 – Colaboração na indústria e avanço dos padrões

Hoje, o normal na indústria, é cada empresa ter um processo próprio e isolado de produção. Uma das chaves do futuro, no entanto, segundo os especialistas, é a criação de uma consciência coletiva entre as empresas.

Três das marcas representadas no painel fazem parte do Consumer Good Forum, uma associação que já tem mais de 400 empresas participantes e comprometidas em impulsionar medidas positivas por meio da colaboração.

A organização desenvolveu um guia de nove regras para aumentar o reaproveitamento das embalagens. Com a adoção das mesmas diretrizes por vários representantes da indústria, a expectativa é ampliar e impulsionar, cada vez, os padrões ambientalmente corretos.

4 – Empresas precisam estar à frente e superar expectativas do consumidor

Um estudo realizado em 2020 revelou que 92% das pessoas desejam um estilo de vida mais sustentável. Dentro desse grupo, porém, apenas 16% já estavam tomando alguma medida para mudar os hábitos.

Essa lacuna de intenção surge como grande oportunidade para a indústria. Como muitos querem, mas ainda não fazem, existe um campo vasto de exploração comercial e de novas possibilidades para incentivar a mudança, de fato.

Para Ann Tracy, da Colgate-Palmolive, é tarefa das fabricantes encontrar as pessoas onde elas estão e projetar uma cadeia de suprimentos com responsabilidade e transparência. Isso se dá no momento da ação individual, ou seja, no supermercado, na hora do consumo.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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