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Musk reage e Twitter bloqueia links do Substack após anúncio de app rival

Usuários da plataforma de newsletters que divulgam os links na “rede do passarinho” perceberam queda brusca no alcance e nas interações

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Twitter

Usuários do Twitter começaram a reclamar de que links do Substack, uma plataforma de newsletters, estão sendo bloqueados em publicações na rede social.

O bilionário Elon Musk, dono da “rede do passarinho”, negou a acusação, mas as informações indicam o oposto. Usuários seguem percebendo que tuítes com links do Substack foram bloqueados ou tiveram o alcance reduzido.

Um dos que perceberam a situação foi o jornalista Leandro Demori. Ele mantém uma newsletter no Substack e costuma divulgar o link de acesso, a cada nova edição, em seu perfil no Twitter.

Nos últimos dias, no entanto, ele notou o problema: “O que está acontecendo é muito sério. O Twitter bloqueou comentários, likes e RTs de links da minha newsletter“, denunciou ele no dia 07/04.

Reação

A própria Substack percebeu o problema e avisou os usuários em seu perfil oficial no Twitter, além de engrossar o coro das reclamações ao retuitar alguns dos relatos de denúncia.

A situação teria melhorado um pouco, nos últimos dias, após a “chuva” de reclamações, mas o clima não está nada bom entre as duas empresas. Para tentar minimizar, a Substack expressou certo alívio:

Estamos felizes em ver que a supressão das publicações do Substack no Twitter parece ter acabado. Este é o movimento certo para escritores, que merecem a liberdade de compartilhar seu trabalho. Acreditamos que o Twitter e o Substack podem continuar coexistindo e se complementando“, expressou via tuíte.

Suposto motivo por trás de tudo

Nos bastidores, acredita-se que uma investida recente da plataforma de newsletters tenha encorajado o Twitter a adotar essa postura mais radical.

A Substack anunciou a criação de uma rede social por assinatura baseada em texto que seria, na prática, mais uma rival do Twitter.

A nova rede permitirá o compartilhamento de textos e pensamentos rápidos, com uso de imagens, links e vídeos, e com possibilidades de interação por meio de comentários e curtidas.

O anúncio foi feito pela Substack no dia 5 de abril e o início dos bloqueios no Twitter ocorreu logo depois. A suspeita é de que a medida tenha sido tomada para reduzir o alcance da divulgação da possível rival.

Atitudes anteriores

Se confirmada a suspeita, essa não seria a primeira vez que a plataforma de Elon Musk adotou uma postura do tipo para implicar concorrentes no mercado tecnológico.

Em dezembro do ano passado, a rede anunciou que tuítes que mencionassem o Facebook, Instagram e Mastodon, por exemplo, seriam excluídos.

Depois de uma onda de reclamações, assim como ocorreu agora, no caso da Substack, o Twitter retrocedeu. O episódio ficou marcado com um caso sem precedentes na história da plataforma.

Musk nega e CEO da Substack reage

Elon Musk negou em um tuíte que estivesse restringindo qualquer menção ao Substack, mas disse que a rival estaria tentando baixar a base de dados do Twitter para desenvolver o app concorrente.

O CEO da plataforma de newsletter, Chris Best, reagiu à publicação de Musk. “Os links do Substack foram claramente suprimidos no Twitter. Qualquer usuário do produto pode perceber“, escreveu.

Nós usamos a API do Twitter por anos para ajudar autores. Nós acreditamos que estamos de acordo com os termos de uso, mas se eles têm alguma preocupação sobre isso, adoraríamos saber quais são. Ficaríamos satisfeitos em esclarecer qualquer questão“, complementou.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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