Educação
Pais, aprendam com Mark Zuckerberg a proteger seus filhos
Mark Zuckerberg é, com certeza, uma das pessoas mais populares do mundo, ao lado de Elon Musk e de outros nomes do ramo da tecnologia da informação. Se você o segue nas redes sociais, já pode ter visto fotos em que o criador do Facebook aparece com a família, mas sempre oculta o rosto das filhas mais velhas com emojis.
Esse tipo de prática não é novidade e muito menos foi invenção do norte-americano. Afinal, não é de hoje que famosos e anônimos utilizam recursos semelhantes para preservar a imagem dos herdeiros, quando eles aparecem em fotografias ao lado dos pais nas redes sociais.
Porém, apesar das polêmicas sobre o tema, vários especialistas afirmam que a atitude mostrada por Mark está correta e, inclusive, o exemplo do bilionário deveria ser copiado pelas pessoas comuns, para proteger a privacidade das nossas crianças em tempos de tanta exposição.
Por que não se deve expor tanto o rosto dos menores na internet?
Vivemos na era da informação rápida, do clickbait e do compartilhamento instantâneo. Desse modo, torna-se extremamente difícil filtrar todas as notícias e dados que chegam até nós. Ao mesmo tempo que a web democratizou o acesso ao conhecimento, este, por sua vez, perdeu alguns dos seus filtros, e Mark Zuckerberg sabe disso!
É muito bacana compartilhar imagens da festinha de aniversário do seu filho, mas você já pensou que esses registros, aparentemente inocentes, podem ser usados para o cometimento de crimes virtuais, falsificações, golpes ou exploração comercial indevida?
Pois é, e outro assunto pertinente a essa questão é o consentimento. Conforme a advogada e pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio, Yasmin Curzi, as imagens só deveriam ser feitas se todos os responsáveis ali presentes concordassem com isso.
Nos EUA esse tipo de coisa já recebeu até um nome, é chamado de “Sharenting”, um misto de “share” (compartilhar) com “parenting” (paternidade). Assim, além de todos esses problemas, a exposição massiva ainda pode causar danos como:
- trabalho infantil;
- superexposição;
- males psicológicos e problemas relacionados à autoestima;
- perigos para segurança física do menor.
Logo, caso você tenha algum inconveniente desta natureza, saiba que existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Estatuto da Criança e do Adolescente que podem te fornecer todo o apoio necessário. Segundo Alana Maria Mello, a coordenadora do programa Criança e Consumo, “é dever da família, do Estado e da sociedade proteger os menores“.
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