Economia
População terá que se acostumar com o preço alto dos alimentos
Retomada da economia provocou uma demanda por insumos além da capacidade disponível no mercado atual. Alta no Brasil chega a 12,54%.
A inflação está “generalizada”. É o que declara Miguel Patricio, CEO da Kraft Heinz, gigante internacional do setor de alimentos. De acordo com o executivo, a companhia está reajustando os preços dos seus produtos em diversos países por causa dos aumentos nos custos de matérias-primas, como cerais e óleos.
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Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), esta é a maior alta global dos alimentos em dez anos. Como forma de evitar perdas financeiras, a Kraft Heinz já reajustou os preços de mais da metade dos seus produtos nos Estados Unidos. O mesmo deve acontecer em outros lugares do globo.
Uma das causas para o desabastecimento tem a ver com a retomada das economias, que provocou uma demanda por insumos além da capacidade disponível no mercado atual. Quando há o aumento da procura e os itens estão escassos, aumentam-se os preços dos produtos. Além disso, a questão energética também acaba influenciando os custos de produção dos fabricantes, que são repassados ao consumidor final.
“Especificamente no Reino Unido, pesa a falta de caminhoneiros. Nos Estados Unidos, os custos logísticos também aumentaram substancialmente e há escassez de mão de obra em certas áreas da economia”, declarou Patricio ao analisar as variáveis que impactam no aumento do custo dos alimentos.
Mas e no Brasil? Por que tudo está tão caro?
Em relação ao Brasil, a alta aplicada nos alimentos é de 12,54% no prazo de 12 meses, encerrado em setembro. O avanço, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está acima da inflação geral, que é de 10,25%. Os produtos que mais acumulam altas são o óleo de soja (32%) e as carnes (25%).
No país, os fatores determinantes para a alta nos preços dos alimentos são: elevado nível de exportação em razão da desvalorização do real, custo energético, secas e geadas que prejudicaram a produção, além da alta global das commodities agrícolas.
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De acordo com Patricio, as pessoas deverão se acostumar com preços ainda mais altos dos alimentos, principalmente no momento em que população mundial está crescendo e a quantidade de terra para cultivo vem ficando cada vez mais escassa. Para o CEO da Heinz, só será possível minimizar os impactos na produção e aumento nos preços por meio de tecnologias para melhorar a produção agrícola.

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