Economia
STF rejeita recurso e encerra debate sobre a Revisão da Vida Toda
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dia 14, em Brasília, um recurso contra a decisão do plenário que derrubou a tese da Revisão da Vida Toda para aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Relator do caso, Marques determinou o trânsito em julgado imediato, encerrando definitivamente a possibilidade de novos recursos sobre o tema.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) havia apresentado o último recurso na tentativa de manter o direito dos aposentados de recalcular os benefícios, mas a argumentação foi rejeitada pelo ministro. O caso voltou a julgamento no plenário virtual nesta sexta-feira, com prazo até o dia 21 para os demais ministros votarem remotamente.
Mudança de entendimento
Em uma reviravolta sobre o tema, o STF alterou seu próprio entendimento em março do ano passado. Em 2022, a Corte havia decidido a favor da Revisão da Vida Toda, permitindo que aposentados escolhessem a regra de cálculo mais vantajosa. No entanto, com uma nova composição, a maioria dos ministros reverteu essa decisão, favorecendo a União e eliminando a possibilidade de considerar contribuições feitas antes de 1994 no recálculo dos benefícios.
A CNTM argumentou que o STF não poderia ter modificado um entendimento consolidado pouco tempo antes. No entanto, Marques afastou essa tese, afirmando que “descabe emprestar imutabilidade a uma decisão, seja monocrática ou colegiada, que passou a ter sentido oposto a novo entendimento do Pleno”.
Aposentados não precisarão devolver valores
Apesar da decisão contrária à revisão, o ministro garantiu que aposentados que já haviam recebido pagamentos referentes ao recálculo de benefícios até 5 de abril de 2024 não precisarão devolver os valores. Segundo ele, esses pagamentos foram feitos de boa-fé, com base em decisões judiciais anteriores favoráveis aos segurados.
O STF retoma a discussão sobre a revisão nesta sexta-feira (14), com análise do recurso da CNTM. Os ministros avaliarão se aposentados que entraram com ações revisionais até 21 de março de 2024 poderiam ser excluídos da proibição imposta na nova decisão. O julgamento virtual segue até o dia 21 deste mês.
Posição da AGU
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a rejeição do recurso, argumentando que a decisão do STF não apresenta ilegalidade. O órgão destacou que o pedido tenta reverter um entendimento já consolidado e que a revisão geraria impactos financeiros expressivos para os cofres públicos, além de dificuldades administrativas para o INSS.
Contexto da decisão
Em 2022, o STF reconheceu o direito à revisão e permitiu que aposentados recalculassem seus benefícios considerando todas as contribuições feitas ao longo da vida. Na época, foi determinado que cada beneficiário poderia optar pelo cálculo que resultasse no maior valor mensal.
A mudança de entendimento veio com a nova composição do Supremo, que julgou constitucionais as regras previdenciárias de 1999, estabelecendo que a regra de transição é obrigatória e não pode ser opcional ao segurado. Dessa forma, o direito à Revisão da Vida Toda foi oficialmente extinto.
(Com Agência Brasil).

-
Economia21 horas atrás
Qual é a fortuna da mulher mais rica do mundo – e quem é ela?
-
Mundo1 dia atrás
Refeição em Nova York: quanto custa comer bem sem gastar muito?
-
Política1 dia atrás
Abandono afetivo é crime? Entenda o que diz a lei brasileira
-
Finanças2 dias atrás
Dívidas no cartão de crédito podem gerar a perda de bens?
-
Carreira2 dias atrás
7 conselhos inúteis que não fazem mais sentido no mercado de trabalho
-
Agronegócio2 dias atrás
Do jardim ao prato: veja como cultivar e usar flores de manjericão no dia a dia
-
Finanças2 dias atrás
Receita Federal realiza leilão com PlayStation 5, notebooks e mais de 400 lotes
-
Economia2 dias atrás
Aluguel disparou! Veja as capitais mais caras para morar no Brasil