Universal Analytics tem previsão de ser desativada pelo Google em 2023

Na mira de órgãos reguladores de mercado da União Europeia, o Google teve um novo episódio que ficou marcado na última sexta-feira, 24 de junho, com a perda de milhares de plataformas que utilizam o Google Analytics, ferramenta que é dedicada a desenvolvedores que coletam estatísticas de tráfego em sites. O serviço foi banido na Itália após ter sido declarado como ilegal na Áustria e na França.

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Conforme o governo italiano, a decisão foi tomada tendo em vista a coleta de informações privadas de usuários, incluindo endereço de IP e localização, através dos cookies. Os dados tinham suas transmissões realizadas aos servidores do Google nos Estados Unidos, o que representava um risco à privacidade dos usuários na Web. As autoridades informam que as práticas realizadas pelo Google violam o regulamento geral de proteção de dados (GDPR ou “General Data Protection Regulation), um conjunto de leis criado para impedir que empresas armazenem informações pessoas sem consentimento.

O banimento da ferramenta tem sua justificativa com base no “Schrems II”, que é caracterizado por uma série de processos judiciais onde restringe a transferência de dados para fora da União Europeia. Os países estão aos poucos aderindo a essa nova realidade, e o episódio mais recente é o banimento do Analytics na Itália.

A previsão é de desativar a antecessora do Google Analytics, a Universal Analytics, em outubro de 2023. A situação é que a maioria dos sites ainda fazem uso dessa ferramenta de estatísticas para poder atribuir os perfis de seus visitantes e não optaram por utilizar o Analytics 4, que apesar de ter mais restrições, ainda coleta uma grande parte dos dados.

Por fim, falando de cookies, a expectativa é que a empresa substitua esse método de rastreamento por uma solução que seja menos invasiva, mas que ainda deverá enfrentar objeções dos órgãos reguladores.