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Alerta! Fim do WhatsApp no Reino Unido: o Brasil pode ser o próximo?

Reino Unido ameaça banir plataforma se ela não se adequar às regras impostas por uma lei de segurança que está em debate no parlamento

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Uma polêmica, envolvendo o WhatsApp no Reino Unido, conseguiu gerar o banimento definitivo da plataforma. Isso pode acarretar consequências semelhantes em outros países, inclusive no Brasil.

O aplicativo está sendo questionado sobre medidas de segurança, consideradas inadequadas pelo governo britânico. A depender do desfecho, o caso pode gerar precedentes para que o mesmo ocorra em outros locais.

Segundo o jornal The Guardian, o Reino Unido está tentando desabilitar o modelo de segurança adotado pelo WhatsApp, com a alegação de que ele contraria a legislação em análise no parlamento.

Basicamente, a intenção do país é que o aplicativo retire de todas as conversas o sistema de criptografia de ponta a ponta para ser possível aplicar a Lei de Segurança local.

Aspectos da nova legislação

O objetivo da nova lei é adotar sanções contra as empresas que contribuem com a disseminação de conteúdos relacionados à exploração e abuso sexual de crianças.

Assim que ela se tornar prática, o WhatsApp deverá se adaptar e mudar algumas regras específicas. Se a plataforma não ceder, o debate tende a se acirrar.

A nova lei deseja encarregar ao WhatsApp e a outras redes sociais a função de monitorar e remover conteúdos compartilhados que contrariam os critérios de segurança.

Isso só seria possível, no entanto, se a criptografia deixasse de existir. Vale lembrar que essa é uma marca positiva do WhatsApp, pois garante a privacidade dos usuários.

Impedimento

A criptografia impede, por exemplo, que a Meta, companhia proprietária não só do WhatsApp, mas também do Facebook e Instagram, tenha acesso aos conteúdos compartilhados.

Ninguém além do próprio usuário, por mais criminosa que seja a mensagem, consegue vê-la. O mesmo vale para fotos, documentos, áudios e vídeos.

Nesse momento, a estratégia do governo do Reino Unido é encurralar a plataforma para que a Lei de Segurança nacional seja aplicada na prática.

O processo atual de proteção dos dados no WhatsApp é automático. Ele passa a valer a partir do momento em que o usuário cria a conta. É uma característica nativa do software, sem necessidade de qualquer configuração.

Posição do WhatsApp

O diretor do aplicativo, Will Cathcart, informou que a empresa se negará a cumprir qualquer determinação de redução da segurança dos usuários, no Reino Unido.

Se o país aplicar sanções ao aplicativo, isso pode comprometer cerca de 4% dos lucros anuais da empresa. Mas o WhatsApp, segundo Cathcart, tem consciência de que os usuários buscam por segurança.

Apenas 2% do público que utiliza o aplicativo, hoje, está no Reino Unido. Diante disso, os executivos avaliam que seria, no mínimo, estranho escolher uma decisão que colocaria em risco outros 98% que sequer moram no local.

Esse quadro só mudaria, talvez, se outros países elaborassem leis semelhantes, o que ainda não é o caso do Brasil. Se algo do tipo for sugerido por aqui, no entanto, é bom ficar de olho e acompanhar a discussão.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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