Imposto de Renda - IRPF
Cuidado! Ostentar nas redes pode atrair a atenção da Receita Federal
Inteligência artificial e outras tecnologias têm sido usadas para confirmar informações declaradas à Receita.
A crescente popularidade das redes sociais no Brasil é inegável, com 156 milhões de usuários com acesso à internet em 2023. Em 2024, as plataformas sociais já contavam com 144 milhões de adeptos, o que representava 66,3% da população brasileira. Entretanto, o que muitos não sabem é que tal exposição online pode ser o começo de uma investigação fiscal.
Em um cenário em que se tornam comuns postagens de estilos de vida luxuosos, a Receita Federal (RF) intensifica seu monitoramento. Veículos de luxo, viagens internacionais e eventos sociais são apenas alguns dos indícios alvo de observação.
A tecnologia de inteligência artificial (IA) também possibilita cruzar tais informações com dados financeiros, em busca de inconsistências.
Mas isso não é recente, pois, desde 2017, a Receita já analisava informações públicas em redes sociais. A omissão de rendimentos, que em 2024 resultou em 30% das declarações retidas na malha fina, é um dos principais alvos.
Os contribuintes em desacordo precisam retificar suas declarações ou apresentar documentos comprobatórios para solucionar essa situação.
Receita Federal também consulta estilo de vida dos contribuintes em publicações nas redes sociais – Imagem: Gov.br
O papel da tecnologia na fiscalização fiscal
A Receita Federal utiliza mais de 160 filtros de verificação para identificar inconsistências fiscais, apoiada por supercomputadores e sistemas de inteligência artificial. Essas ferramentas possibilitam a análise de grandes volumes de dados e o cruzamento de informações pessoais e financeiras.
Confira algumas das informações monitoradas pela Receita Federal:
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Educação e previdência complementar;
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Gastos com empregados domésticos e contribuições beneficentes;
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Investimentos em ações, criptoativos e renda fixa;
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Pagamentos com cartões superiores a R$ 2 mil;
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Propriedade de veículos e transações imobiliárias;
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Recebimentos de aluguéis e despesas médicas;
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Rendimentos e movimentações financeiras via PIX acima de R$ 2 mil.
Casos emblemáticos e ajustes fiscais
As situações mais notórias incluem apreensões de bens promovidas em redes sociais de forma incompatível com as declarações fiscais. Em 2019, 60 celulares e 100 relógios foram apreendidos, avaliados em R$ 150 mil. Eventos como esses reforçam a necessidade de ajustes nas declarações.
A Receita Federal está cada vez mais equipada com tecnologia sofisticada, o que permite efetuar uma fiscalização mais eficaz. Portanto, é indispensável que os contribuintes ajustem suas declarações para refletirem fielmente seus estilos de vida e evitar penalidades.
As redes sociais, embora sejam uma vitrine pessoal, são também um campo de observação fiscal.

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