Funcionários da Apple não gostavam de almoçar com Steve Jobs; saiba por quê

A vida corporativa na Apple, durante a liderança de Steve Jobs, foi marcada por uma dinâmica única, especialmente em momentos que deveriam ser de descontração, como os almoços. Relatos de ex-funcionários, como o do engenheiro David Black, destacam como essas situações rotineiras se transformavam em avaliações de desempenho.

Jobs, uma figura icônica no mundo da tecnologia, era conhecido por sua busca incessante pela excelência. Essa procura não se limitava aos projetos, mas permeava até as interações pessoais. O ambiente na Apple, por consequência, refletia a cultura de alta exigência e perfeccionismo promovida por ele.

Steve Jobs esteve à frente da Apple entre 1976 e 1985, e de 1997 a 2011 – Imagem: AB/Unsplash

O impacto das interações cotidianas

Os almoços, que para muitos poderiam representar descanso, eram, na verdade, oportunidades para Jobs testar e avaliar sua equipe. David Black descreve tais momentos como cheios de tensão, pois a simples presença de Jobs era suficiente para causar ansiedade entre os colaboradores.

Jobs utilizava perguntas aparentemente simples, como “No que você está trabalhando hoje?”, para conduzir avaliações detalhadas dos funcionários. Essas interações exigiam respostas articuladas e demonstravam o valor de cada membro da equipe, além de serem uma possibilidade de avaliação exaustiva constante.

A filosofia dos “A-Players”

Steve Jobs procurava reunir em sua equipe os melhores talentos, ou “A-Players”, porque acreditava que somente eles poderiam garantir a qualidade e a inovação necessárias para a Apple. Sua visão era clara: colaboradores de alto nível atraem outros do mesmo calibre, enquanto o contrário também se aplica.

Desse modo, a liderança de Steve Jobs na Apple foi marcada por um ambiente de trabalho intenso, no qual até os momentos informais eram utilizados como uma oportunidade de avaliação.

A busca de Jobs pela excelência redefiniu a cultura corporativa e tornou a Apple uma referência em inovação. No entanto, também transformou a empresa em um ambiente onde a pressão e o nervosismo estavam sempre presentes.