Americanas: desvalorização de bilhões continua aumentando

Após a constatação da diferença de bilhões de dólares na contabilidade interna da Americanas com a saída de seu novo diretor-presidente, a rede varejista teve suas ações leiloadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa, com quedas realmente significativas.

O valor dos lances, a cerca de R$ 2,72, demonstram uma queda de mais de 77% em relação ao dia anterior, afetando os outros grandes varejistas brasileiros, que também sofreram com quedas de até 16%, como Via SA e Magazine Luiza SA.

As previsões de bancos tiveram suas previsões revisadas em relação a empresa com base em dívidas com bancos, financiamentos, empréstimos, dívidas com fornecedores, entre outros.

Sergio Rial está assumindo a liderança nessa retomada da Americanas e declarou que havia mais inconsistências do que esperava nas contas da empresa e que precisarão ocorrer muitas conversas difíceis.

Rial dirigiu, entre 2016 e 2021, o Banco Santander SA no Brasil e, em conversas com investidores, informou que a empresa precisará de capital para sanar as dívidas que ainda tem e que são maiores do que se pensava.

Com este escândalo da Americanas, varejista em que investiu pela primeira vez em 1982 com Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira como parceiros, Jorge Paulo Lemann perdeu, apenas na quinta-feira dia 12 de janeiro, R$ 2 bilhões.

O grupo, que detém cerca de 31% da empresa, informou que devem continuar apoiando a empresa. Rial trabalhará com os três parceiros para colocar de novo a Americanas no rumo certo e irá tratar diretamente com os investidores, comparando a varejista brasileira com outros grandes grupos mundiais.

Após a fusão com a B2W, responsável pelo e-commerce da empresa, a Lojas Americanas passou a ser apenas Americanas. Os três sócios continuaram como maiores acionistas, mas não detém mais o controle da empresa.

De acordo com as últimas informações da empresa, ela possui mais de 40.000 funcionários e mais de 50 milhões de usuários ativos no momento.