Bancos
Banco Central começará a publicar somente um cenário para inflação
Cenário utilizará a taxa Selic da Focus e taxa de câmbio acompanhando trajetória conforme a teoria da paridade do poder de compra.
O Banco Central passará a publicar apenas um cenário para a inflação a partir de seu Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, utilizando a taxa Selic da pesquisa Focus e taxa de câmbio acompanhando trajetória de acordo com a teoria da paridade do poder de compra, anunciou a autoridade monetária nesta quinta-feira.
A mudança também será adotada na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 27 e 28 de outubro, disse o diretor de Política Econômica da autarquia, Fabio Kanczuk.
O BC não excluiu a possibilidade de publicar cenários alternativos, considerando outras hipóteses para o câmbio e outras variáveis relevantes, ainda que essa passe a ser a diretriz geral.
“Esse será o único cenário a ser publicado de forma sistemática pelo BCB”, disse. O BC argumentou que o movimento ocorre em meio a seu esforço para tornar sua comunicação com a sociedade mais clara e relevante, aumentando sua efetividade.
“A publicação, como regra, de apenas um cenário central de projeções de inflação evita sobrecarregar os documentos de divulgação do Copom com comparação mecânica de cenários”, continuou a autarquia.
Esse procedimento é comum na experiência internacional de bancos centrais e “permitirá aprofundar o foco na análise econômica das projeções, tornando o documento mais simples e efetivo”, disse autoridade monetária.
“A gente vai começar a focar nos cenários que a gente considera mais importantes, com mais análise econômica, e mostrar um pouco as coisas que estão na cabeça do comitê. Eu estou preocupado com esse cenário, ou com esse, é esse balanço que a gente pretende dar”, afirmou Kanczuk.
Nesta quinta-feira, o Relatório Trimestral de Inflação trouxe as projeções centrais do BC para o IPCA em quatro cenários distintos, sendo um com Selic e câmbio constantes, um com Selic e câmbio Focus, um com Selic Focus e câmbio constante, e outro com Selic constante e câmbio Focus.
No entanto, nos textos de suas decisões do Copom, a autarquia apresentava projeções de inflação por apenas dois cenários: híbrido, com Selic Focus e câmbio constante, e com Selic e câmbio constantes.
Embora a trajetória de taxa de câmbio constante tenha como qualidade a simplicidade e a consonância com evidências que apontam para as dificuldades em se prever essa variável, ela não considera os potenciais efeitos do diferencial entre as inflações doméstica e externa sobre o câmbio, algo contemplado na teoria da paridade do poder de compra (PPC), apontou o BC em um box sobre a paridade do poder de compra no relatório.
“Dado que a inflação no Brasil tende a ser superior à externa, a adoção de hipótese de trajetória de câmbio de acordo com a PPC evitaria a utilização de trajetória de apreciação real do câmbio, apreciação essa que eventualmente levaria a uma subestimação das projeções de inflação”.
Segundo o BC, o diferencial de inflação considerado será a diferença, anualmente, entre a meta para a inflação no país e a inflação externa de longo prazo, assumida como de 2% ao ano, apontada pela autarquia como alinhada com a meta para grande parte das nações desenvolvidas.
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