CDB, Poupança ou Tesouro Direto: onde aplicar a reserva de emergência em 2021?

A crise econômica promovida pela pandemia reforçou a importância de manter uma reserva de emergência. Afinal, em momentos de instabilidade é necessário ter certa quantia guardada para evitar grandes dificuldades. Dessa forma, o início de 2021 é o momento certo para você começar a sua reserva e não ficar mais refém dos imprevistos.

Nesse sentido, o primeiro passo é construir um planejamento financeiro. Em uma tabela ou mesmo no papel, anote suas receitas e despesas. De acordo com a regra 50-30-20, gastos fixos, como aluguel e condomínio, devem tomar 50% do seu orçamento. Contas variáveis, como delivery, assinaturas e roupas, ficam com 30%. Os 20% que restaram vão para investimentos, ou seja, é dessa parte do seu orçamento que vai sair a quantia necessária para a reserva de emergência.

A conta básica para estruturar a reserva é separar seis meses dos custos mensais. Contudo, esse montante apresenta variações de acordo com sua estabilidade de carreira e perfil. Por exemplo: um funcionário público que já possui certo equilíbrio no emprego, pode juntar de três a seis meses desse valor. Profissionais autônomos, por outro lado, devem manter uma reserva mais reforçada.

Onde investir a reserva de emergência

Para optar pelo melhor ativo, é preciso observar alguns fatores. O primeiro deles é a liquidez, ou seja, o dinheiro precisa estar disponível para resgate a qualquer momento. O segundo é a volatilidade, em outras palavras as oscilações de valor, que devem ser baixas.

Os rendimentos devem superar a inflação ou chegar bem próximo disso. Vale observar a Selic, taxa básica de juros da economia, afinal, ela é referência para o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que, por sua vez, indica a rentabilidade para alguns investimentos de renda fixa.

Procure investimentos que rendam, no mínimo, 100% da Selic. Por isso, a poupança não está na lista dos ativos mais vantajosos, visto que rende 70% da Selic.

Uma outra opção é o Tesouro Selic, um dos títulos do Tesouro Direto. Atrelado à taxa básica de juro da economia, esse ativo consegue garantir um rendimento superior ao da poupança.

Além disso, há os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) com liquidez diária e taxas de remuneração equivalentes a 103% e 104% do CDI, ou seja, superando a rentabilidade da poupança e até mesmo do Tesouro Selic.