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Saúde

Chocante: carne de mamute extinto há 4 mil anos é criada em laboratório

Cientistas desenvolvem em laboratório uma carne de mamute extinto há 4 mil anos como alternativa sustentável. Entenda como é possível.

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Já imaginou comer uma carne de um mamute? Parece estranho, não é mesmo? Afinal, este animal já não existe há aproximadamente 4 mil anos! Mas este feito está se aproximando da realidade.

Esta semana, em Amsterdã, cientistas apresentaram a carne de um mamute lanoso totalmente cultivada em laboratório.

Sob uma cúpula, a almôndega desenvolvida pela empresa australiana Vow, responsável por outros projetos semelhantes a este, está em exibição no Museu de Ciências NEMO.

A carne de um animal já extinto abre caminho para o desenvolvimento de alimentos no futuro, segundo os cientistas responsáveis, mas ainda não está pronta para o consumo.

Antes de estar apta para o consumo humano, a proteína com milhares de anos ainda deverá passar por diversos teste de segurança.

Segundo o cofundador da Vow, Tim Noakesmith, a escolha pelo mamute se deve ao simbolismo de perda que o animal representa. Afinal, ele foi extinto pelas mudanças climáticas anteriores.

Segundo Tim, se não mudarmos nossos hábitos de alimentação e as atuais práticas de agricultura em larga escala, poderemos enfrentar um destino similar aos nossos antepassados ou ao do próprio mamute.

Um dos colaboradores do desenvolvimento da mioglobina do mamute, a proteína que dá sabor à carne, foi Ernst Wolvetang, pesquisador do Instituto Australiano de Bioengenharia da Universidade de Queensland.

Segundo ele, o DNA da mioglobina foi identificado anteriormente, o que permitiu a criação da almôndega. As lacunas do DNA foram preenchidas com genes de elefante africano, o parente mais próximo ainda vivo do mamute.

Com a ajuda de uma corrente elétrica, a proteína foi inserida em células de cordeiro e despertou a curiosidade do pesquisador para o sabor.

Ernst acrescenta que, após os testes de segurança, gostaria de experimentar a iguaria e poder saber com o que o sabor se parece.

Segundo a FAO, sigla em inglês da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, desde 1960 o consumo de carne dobrou. A entidade prevê um aumento de mais 70% até 2050.

Mas no que isso influencia as mudanças climáticas? Os dados mostram que a pecuária é hoje responsável por 14,5% da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa.

A intenção da Vow não é mudar o hábito de comer carne, mas oferecer opções mais saudáveis ou que possibilitem maior sustentabilidade, como a carne vegetal ou a carne produzida em laboratório.

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