CSN tem prejuízo de R$ 732 mi no 1TRI25

A CSN – Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) registrou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no primeiro trimestre de 2025, resultado 52,5% pior do que o prejuízo reportado no mesmo período do ano passado. Apesar do aumento da receita e do Ebitda, o impacto financeiro, especialmente relacionado ao endividamento e à volatilidade cambial, contribuiu para o resultado negativo.

A receita líquida da companhia somou R$ 10,908 bilhões entre janeiro e março deste ano, crescimento de 12,3% na comparação anual. O Ebitda ajustado, que mede o desempenho operacional, também avançou 12,3% e atingiu R$ 2,509 bilhões no período.

No trimestre, a CSN vendeu 1,143 milhão de toneladas de aço, 5,2% acima do volume do primeiro trimestre de 2024. As vendas de minério de ferro totalizaram 9,640 milhões de toneladas, alta de 5,4% no mesmo comparativo.

A dívida líquida ajustada da empresa alcançou R$ 35,830 bilhões no fim do período, crescimento de 7,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que continua sendo um fator relevante para a pressão sobre o lucro líquido da companhia.

A empresa

Fundada em 1941 pelo governo brasileiro durante o governo Getúlio Vargas e privatizada em 1993, a Companhia Siderúrgica Nacional é uma das maiores siderúrgicas integradas da América Latina e um dos principais players globais na produção de aço plano e de minério de ferro.

Com sede em Volta Redonda (RJ), a CSN atua em toda a cadeia de produção do aço: da mineração de ferro e calcário à produção e distribuição de produtos siderúrgicos para setores como construção civil, automotivo, eletrodomésticos e embalagens. A companhia também possui ativos relevantes nos segmentos de logística (com ferrovias e terminais portuários), cimento e energia.

Além da operação no Brasil, a CSN tem presença internacional com unidades nos Estados Unidos, Alemanha e Portugal. A empresa é controlada por Benjamin Steinbruch, que também comanda o grupo Vicunha, e é conhecida por sua atuação agressiva na expansão de mercado e integração vertical de operações.