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Finanças

Dólar chegará a R$ 6 ao final de 2023, projeta o banco ING

Moeda cai, hoje, na esteira da inflação, nos EUA.

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O dólar chegará a R$ 6 ao final de 2023, segundo projeções do banco ING, levando em consideração os fundamentos fiscais.

Trata-se de uma instituição financeira de origem holandesa que oferece serviços de banco, seguros e investimentos.

Ao olhar para o Brasil, visualiza incertezas acerca da política fiscal e, assim, projeta um enfraquecimento do real frente ao dólar ao longo do próximo ano.

Em relatório, disse que “o novo governo Lula está tentando romper o teto de gastos em R$ 145 bilhões a R$ 176 bilhões para cumprir seu manifesto de apoio direcionado aos pobres. E as preocupações com uma guinada para a esquerda na política parecem mais confinadas ao câmbio do que aos mercados de dívida até agora”.

O documento elenca, ainda, que o banco espera que o dólar, hoje perto de R$ 5,30, suba para R$ 5,75 em três meses, alcance R$ 5,80 em seis meses e, em 12 meses, atinja R$ 6,00.

Chefe global de pesquisa e mercados do ING, Chris Turner avalia que neste mês ficou a dúvida no ar sobre o motivo de o real não ter tido um desempenho melhor, uma vez que o dólar tem enfraquecido ao redor do globo, enquanto o Banco Central no país mantém a taxa básica de juros, a Selic, em patamar bastante acima da inflação (13,75% contra perto de 6%).

“Quando se trata de buscar no mundo taxas de juros reais positivas, os investidores têm se voltado cada vez mais para a América Latina, especialmente para o Brasil. Com o dólar perdendo força em geral, pode-se pensar que a moeda americana estaria próxima de R$ 5,00. Mas não. As preocupações fiscais estão atrasando o real. E continuamos a preferir o peso mexicano em 2023.”

Dólar: cotação

Por volta das 15h20 de hoje o dólar recuava 0,86%, cotado a R$ 5,2770.

Segundo a Reuters, o dólar caía acentuadamente frente ao real hoje após dados de inflação dos Estados Unidos mais baixos do que o esperado, que reforçaram esperanças de que o Federal Reserve (Fed) moderará seu ritmo de aperto monetário.

Acontece que o Departamento do Trabalho dos EUA informou hoje que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, após avanço de 0,4% em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,3%.

Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 7,1%, menor taxa desde dezembro de 2021, mostrando desaceleração em relação ao aumento de 7,7% visto em outubro e reforçando expectativas de que o Federal Reserve desacelerará o ritmo de seu aperto monetário.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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