Economia
Índice fecha em queda pressionado por Vale e com pacote econômico no radar
O Ibovespa fechou levemente em queda nesta terça-feira, após três sessões com sinal positivo, pressionado particularmente pelo recuo das ações da Vale e com agentes financeiros cautelosos após o governo adiar o anúncio de pacote econômico.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,18%, a 102.117,64 pontos, após acumular elevação de 1,4% nos três pregões anteriores. O volume financeiro na bolsa somou 23,5 bilhões de reais.
O governo adiou na véspera anúncio de medidas econômicas previsto inicialmente para esta terça-feira, que devem incluir, entre outras, a criação do Renda Brasil, programa social previsto para ampliar o alcance do Bolsa Família.
Apesar do potencial efeito na recuperação da atividade econômica do país, agentes financeiros estão preocupados com o potencial efeito negativo nas contas públicas.
Um dos pontos do pacote que está sob os holofotes é o valor do Renda Brasil. Originalmente, o time do ministro Paulo Guedes apresentou uma proposta de cerca de 250 reais, valor que foi considerado baixo pelo presidente Jair Bolsonaro.
Fontes da equipe econômica afirmaram à Reuters que um benefício de 300 reais ou acima disso exigirá mais corte de despesa ou base menor de beneficiários.
“Na medida em que avançamos para o final do terceiro trimestre, o fiscal vem fazendo cada vez mais preço e as perspectivas seguem preocupantes”, observou a equipe do BTG Pactual em comentário a clientes.
Endossando a visão, a equipe da Elite Investimentos avaliou que novos receios de piora fiscal em razão dos impasses que teriam levado ao adiamento do anúncio do pacote ofuscaram dados melhores de inflação e e contas externas do país.
No exterior, Wall Street fechou sem direção única, mas com o S&P 500 renovando máxima, em meio a notícias positivas sobre as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, além de avanço na frente médica no combate ao Covid-19.
DESTAQUES
- VALE ON recuou 2,13%, na esteira da queda dos preços de aço e minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, porém, apenas GERDAU PN também terminou em baixa. CSN ON avançou 1,99%, após o Valor Econômico publicar que a empresa contratou bancos para IPO de sua unidade de mineração.
- USIMINAS PNA fechou em alta de 1,96% em véspera de cerimônia de reativação do alto-forno 1 da usina de Ipatinga (MG), paralisado em abril como consequência da pandemia de Covid-19.
- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,74%, em sessão na qual prevaleceu o sinal negativo para os bancos. BRADESCO PN fechou estável, BANCO DO BRASIL ON cedeu 0,6%, SANTANDER BRASIL UNIT perdeu 0,72% e BTG PACTUAL UNIT fechou em baixa de 2,75%.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 0,44% e 0,47%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo, em ajustes após avanço na véspera.
- COGNA ON caiu 2,67%. Analistas do Goldman Sachs retomaram a cobertura das ações com recomendação ‘neutra’ e preço-alvo de 7 reais, após ajuste no modelo para incorporar a cisão recentemente concluída da subsidiária Vasta, entre outros dados. Além de avaliar que o crescimento potencial da Vasta já esteja precificado, a equipe liderada por Irma Sgarz vê um cenário de médio prazo desafiador para a educação superior no Brasil. YDUQS ON, que divulga balanço na quarta-feira, subiu 1,22%.
- LOJAS RENNER ON subiu 4,29%, antes do balanço do segundo trimestre na próxima semana. A sessão foi de alta de ações de varejistas de vestuário, puxada por MARISA, que disparou 8,41% mesmo após números fracos no segundo trimestre, com analistas avaliando que o pior pode ter ficado para trás e chamando a atenção para o desempenho das vendas online da varejista. CIA HERING ON avançou 3,17%.
- RUMO ON fechou em alta de 3,48%, após precificar na segunda-feira oferta de ações a 21,75 reais por papel, o que resultou em aumento de capital de 6,4 bilhões de reais. Os recurso serão em parte usados para pagar outorgas. O preço saiu com um desconto de apenas 2,95% em relação à cotação de fechamento da segunda-feira.
- ELETROBRAS PNB avançou 3,11%, mais uma vez entre os destaques de alta. De acordo com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que participou de reuniões com os ministérios da Economia e de Minas e Energia na véspera, o governo está mais perto de conseguir avançar com o projeto de privatização da elétrica.
- ELETROBRAS ON subiu 2,17%.
- BRASKEM PNA cedeu 3,51%. O Valor Econômico publicou que o governo do México elevou a pressão sobre a Braskem Idesa, petroquímica mexicana controlada pela empresa brasileira, em busca da revisão do contrato de fornecimento de etano firmado em 2010 com a Pemex.
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