Mundo
Japão retoma leilão de carne de baleia e gera polêmica global
Primeiro leilão de carne de baleia-comum em quase cinco décadas no Japão reacende discussão sobre caça comercial e conservação de espécies.
Pela primeira vez em quase 50 anos, a carne de baleia-comum capturada na costa norte do Japão foi leiloada, alcançando um valor expressivo de US$ 1.300 por quilograma (cerca de R$ 7.800).
A venda ocorreu após a retomada da caça comercial da espécie, prática autorizada desde 2019, quando o país deixou a Comissão Internacional da Baleia (IWC), responsável pela proteção dos cetáceos.
Neste ano, a Agência de Pesca do Japão passou a permitir a captura da baleia-comum, expandindo a lista de espécies legalmente caçadas ao longo da costa japonesa.
A atual temporada registrou 30 baleias-comuns capturadas, metade da cota estipulada de 60 animais, resultando em 1,4 tonelada de carne fresca leiloada na ilha de Hokkaido, no norte do país.

Caça às baleias: entre tradição e controvérsias
A caça comercial de baleias no Japão é um tema carregado de polêmicas e críticas. Durante décadas, o país defendeu a atividade sob o pretexto de “pesquisa científica”, mas a prática ganhou caráter abertamente comercial em 2019.
Conservacionistas alertam para os riscos de um possível declínio populacional, especialmente das espécies que quase foram extintas durante o auge da caça no século XX.
De fato, a carne de baleia foi uma fonte de proteína acessível para os japoneses nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, com o consumo atingindo 233 mil toneladas anuais em 1962.
Hoje, no entanto, os números são bem mais modestos, com um consumo que gira em torno de 2 mil toneladas anuais.
Apesar da tentativa de impulsionar a indústria, muitos especialistas acreditam que a demanda pelo produto caiu drasticamente no país.
A carne de baleia já não é um alimento tão familiar como no passado, substituída por outras opções mais econômicas e práticas.
Outras caças de animais controversas
Além da caça às baleias no Japão, outras práticas envolvendo a captura e comercialização de animais geram debates acalorados em todo o mundo. Muitas delas são defendidas como parte de tradições culturais ou econômicas, mas enfrentam resistência de conservacionistas e defensores dos direitos dos animais.
Na Noruega e na Islândia, por exemplo, a caça comercial de baleias também é permitida, com cotas anuais que frequentemente entram na mira de organizações internacionais.
A justificativa para a continuidade da prática nesses países é semelhante à do Japão: tradição, consumo local e estudos sobre a sustentabilidade das populações marinhas.
Outro exemplo controverso é a caça de focas no Canadá, prática realizada há décadas, especialmente em comunidades do Ártico.
Enquanto os defensores apontam a caça como parte da cultura e da subsistência de povos indígenas, críticos condenam a brutalidade do método e questionam a necessidade econômica diante das alternativas disponíveis.

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