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Leroy Merlin pretende abrir 150 lojas de bairro até 2024
A Leroy Merlin é conhecida por suas grandes lojas de material de construção, que geralmente ficam nas grandes rodovias.
A Leroy Merlin é conhecida por suas grandes lojas de material de construção que, geralmente, ficam nas grandes rodovias. Porém, a marca resolveu inovar e abrir lojas de bairro, em tamanhos menores.
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A intenção é investir cerca de R$ 1 bilhão em estados que já abrigam as grandes lojas e, ao todo, serão 150 unidades novas até 2024. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina vão receber as lojas Express.
Cada loja terá entre 600 e 1mil metros quadrados, com disponibilidade de cerca de 6 mil itens para venda. Isso é mais de 10 vezes menos que uma megaloja, que vende carca de 70 mil produtos.
O novo modelo já está sendo testado em uma unidade em São Paulo, que fica no bairro Campo Belo. O resultado surpreendeu o executivo da empresa e é por este motivo que um investimento deste porte será feito.
Hoje, São Paulo também conta com uma segunda loja Express, que acabou de ser inaugurada no bairro Perdizes, este é só o começo da ampliação. Até dezembro deste ano, a Leroy pretende abrir mais três ou quatro lojas em São Paulo.
O objetivo destas lojas menores, é captar os clientes que precisam fazer pequenas compras e não conseguem se deslocar as grandes lojas, nem esperar uma entrega domiciliar.
O novo formato permitirá o conceito de prateleira infinita, que consiste em o vendedor solicitar itens indisponíveis na pequena loja, ao homecenter, integrando a venda online, com a loja física.
Segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a Leroy Merlin já conta com 44 megalojas espalhadas pelo país, que só em 2021 faturaram R$ 8,2 bilhões.
“Mas esse formato se esgotou ou vai se esgotar, e a companhia precisa continuar crescendo”, diz ele. E a grande dificuldade está em encontrar lugares grandes para construir as megalojas.
Também, de acordo com Terra, este tipo formato, com homecenter e prateleira infinita, é o mesmo adotado pelo varejo de alimentos, que busca manter o ritmo de crescimento.
Quem pode sair prejudicado com estas novidades é o comércio de bairro, que pode ser intimidado pela bandeira de uma marca maior.
Renato Coltro, que é diretor de Desenvolvimento, Expansão e Relações Institucionais da empresa, diz que os produtos vendidos pelo comércio de bairro são diferentes dos vendidos nas lojas Express, pois o primeiro trabalha com produtos básicos e o segundo com compras de conveniência.
Terra discorda disso e entende que as lojas tirarão o mercado de uma parcela de comerciantes.
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