O que seu aperto de mão pode revelar sobre sua mente, cientificamente falando?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2019 o índice global da depressão chegou a 25%. Esse foi o primeiro ano da pandemia causada pelo vírus da Covid-19, um dos fatores que fizeram a porcentagem da doença aumentar no mundo.

A morte de jovens entre 15 e 29 anos, em sua maioria, está relacionada ao suicídio. São cerca de 800 mil vidas perdidas por ano por causa da depressão. Segundo o Ministério da Saúde, a persistência desse transtorno mental no Brasil é de cerca de 15,5%.

A condição pode ter muitas causas, entre elas o sedentarismo, a ansiedade, o stress, os vícios e até mesmo o histórico familiar. Geralmente, as mulheres são as mais afetadas.

Aperto de mão pode indicar depressão

Antes da doença chegar às suas piores fases, o corpo pode dar alguns sinais. Cerca de 51 mil pessoas com mais de 45 anos de seis países diferentes passaram por um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei com o intuito de observar um ponto bem interessante.

O aperto de mão foi o ponto analisado pelos cientistas. O dispositivo usado para medir a força dos participantes foi o dinamômetro, que é justamente uma tecnologia que permite que mensurar uma força.

Os integrantes da pesquisa tinham que avaliar algumas afirmações, como “estou incomodado com coisas que geralmente não me preocupam” e “senti que tudo o que fiz foi um esforço em vão”.

Os pesquisadores descobriram que o aperto de mão fraco está relacionado a pessoas depressivas. A partir do resultado do dinamômetro, eles chegaram à conclusão que aqueles usavam menos força concordavam, em sua maioria, com afirmações negativas.

Eles explicam que esse método de avaliação ajuda a identificar o risco do transtorno mental entre adultos de meia-idade e idosos. Contudo, ainda não há uma explicação conclusiva do motivo daqueles que apertam a mão com mais leveza terem mais tendência a serem depressivos.

O fato pode estar associado tanto à deterioração da saúde mental quanto ao sedentarismo. Por fim, os autores da pesquisa alertam que apesar desse método ajudar no diagnóstico da depressão, ele não substitui a avaliação de um especialista da área.