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Economia

Projeção da Focus para inflação em 2020 sobre pela 7ª vez

Previsão agora é que o IPCA encerre este ano com salto de 2,05%.

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A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central mostrou que o mercado aumentou pela sétima vez consecutiva a estimativa para a inflação no Brasil em 2020, enquanto manteve a expectativa para 2021.

O boletim vem após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter afirmado que há pressão no curto prazo, mas garantir que está tranquilo.

A previsão agora é que o IPCA encerre este ano com salto de 2,05%, ante 1,99% projetado na semana passada. Já para 2021, a estimativa se manteve em 3,01%.

Com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, o centro da meta oficial de 2020 é de 4%, enquanto de 2021 é de 3,75%.

O BC reconheceu na semana passada que tem havido um descolamento grande entre a inflação ao produtor (IPA), mais alta, e ao consumidor (IPCA), mais baixa, com a diferença vista em agosto tendo sido a maior desde 2003 considerando variações em trimestres móveis, e sinalizou que deverá haver algum repasse ao IPCA no futuro.

Contudo, Campos Neto disse que o BC está absolutamente tranquilo em relação à inflação, e admitiu que há pressão no curto prazo, mas sem perspectiva de que sobre para os anos seguintes.

Ainda de acordo com a Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar este ano com redução de 5,04%, contra queda de 5,05% da previsão anterior. Em 2021, ele deve crescer 3,50%.

O BC revisou para cima sua projeção para o PIB em 2020 em seu Relatório Trimestral de Inflação, para queda de 5,0%, frente a perda de 6,4% projetada em junho.

A pesquisa semanal realizada com uma centena de economistas apontou que as expectativas de que a Selic vai terminar este ano em 2,0% e 2021 a 2,5% se mantiveram. O BC vem reiterando que há pouco ou nenhum espaço para cortar a Selic à frente, com a alta dos juros básicos sendo descartada desde que mantido o quadro para a inflação e para a disciplina das contas públicas.

A taxa básica de juros continuará em 2,00% este ano, mas deve permanecer neste nível ao final de 2021, acredita o Top-5, grupo dos cinco economistas que mais acertam as previsões.

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