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Automobilística

Rebocar carros elétricos é possível, mas só existe UM jeito seguro

Entender os riscos de rebocar carros elétricos e a importância do equipamento ideal é essencial para evitar danos.

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A crescente popularidade dos carros elétricos no Brasil está acompanhada de desafios, especialmente em termos de infraestrutura de recarga. Em cidades menores, afastadas do eixo Sul-Sudeste, a preocupação com a “ansiedade de recarga” é intensa.

Em pequenos municípios, os motoristas temem o que acontecerá se a bateria descarregar no meio da rua, o que afasta potenciais compradores do segmento.

Nesse contexto, a dúvida sobre a viabilidade de rebocar um carro elétrico persiste entre muitos. A solução parece óbvia: amarrar uma corda e puxar o automóvel até um posto de recarga.

No entanto, essa prática comum para veículos a combustão não se aplica aos carros elétricos, como explicaremos a seguir.

Por que carros elétricos não podem ser rebocados?

Rebocar um carro elétrico como se faz com um motor a combustão não é seguro por um motivo ligado à estrutura desses veículos.

Nos automóveis a combustão, a marcha “N” permite que as rodas girem livremente, facilitando o reboque. Entretanto, em carros elétricos, essa função é essencialmente diferente.

O “N” em um carro elétrico não desengata o motor como nos veículos tradicionais; serve apenas para liberar os freios e permitir que o carro se movimente poucos metros, até um guincho plataforma.

Rebocar com as rodas no chão, sejam elas dianteiras ou traseiras, pode danificar o sistema de motorização.

Diferenças entre FWD e RDW

Carros com tração dianteira (FWD) possuem frenagem regenerativa nas rodas traseiras, que não acionam o motor, enquanto nos RWD é o oposto.

Em ambos os casos, rebocar com as rodas no chão pode causar danos, já que a frenagem regenerativa é crucial e delicada.

Qual é a solução recomendada?

Apesar das limitações, existe uma solução segura e eficaz: o guincho plataforma. Este método respeita a integridade do sistema do veículo, mantendo as quatro rodas sobre a superfície do guincho.

Assim, não há consumo de energia e o sistema não fica sob pressão, reduzindo o risco de danos.

Portanto, ao enfrentar problemas com um carro elétrico, a opção mais prudente é acionar um guincho plataforma. Isso garante que o carro seja transportado com segurança a um local onde possa ser recarregado ou reparado.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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