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Investimentos

Redução da taxa de juros torna investimentos em renda fixa menos rentáveis. Então o que fazer?

Investimentos conservadores são alternativa para reserva de emergência, por serem de baixo risco.

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Fundos de renda fixa com o corte de juros

Após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada nesta quarta-feira, 5, foi anunciado o corte da taxa básica de juros (Selic), de 2,25% para 2% ao ano. Esse é o nono corte seguido e configura como o menor patamar, desde o começo da série histórica, em 1996. 

Com a queda da taxa Selic, os investimentos conservadores em renda fixa, como por exemplo poupança, Fundos DI e Tesouro Selic, se tornam menos atrativos em opções de longo prazo. Na procura por aplicações mais rentáveis, investidores devem migrar os seus recursos para renda variável, dando preferência para ações, fundos de ações e fundos mobiliários, mesmo que em maior risco, como já discutem especialistas do mercado financeiro.

Veja a seguir uma simulação de aplicações para saque efetuado depois de 360 dias de investimento. No exemplo, investimentos sujeitos a impostos são taxados em 17,5% sobre o rendimento. Para mensurar o ganho real, ou seja, superior a inflação, o IPCA considerado foi o projetado pelo Boletim Focus do BC para 2021, de 3%. 

Confira:

Tesouro Selic Fundo DI (com taxa de administração de 0,5%) Poupança nova
Valor aplicado R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Rendimento bruto R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 14,00 (70% da Selic)
Rendimento líquido R$ 16,50 (descontado R$ 3,50 de imposto) R$ 12,35 (descontados imposto e taxa de administração) R$ 14,00 (não paga imposto)
Ganho real Perda de R$ 13,50 (descontada inflação) Perda de R$ 17,65 (descontada inflação)  Perda de R$ 16,00)

No entanto, ainda falando de renda fixa, aos que possuíam dinheiro nas cadernetas antigas de poupança, permanecem as regras válidas até 2012. Assim, o rendimento será maior, de 0,6% ao mês mais TR, que hoje está em zero, totalizando o rendimento de 6% ao ano. Desse modo, os que aplicaram R$ 1 mil terão um ganho de R$ 60,00. Vale lembrar que os valores só incidem sobre os depósitos feitos na vigência da poupança antiga.

Logo, a dica é usar a renda fixa para reserva de emergência, por serem de menor risco. Segundo os analistas de mercado, os investidores precisam diversificar as aplicações e pensar em longo prazo, algo acima de cinco anos, ao menos, para a Bolsa e demais produtos de renda variável, como os fundos imobiliários ou fundos multimercados. 

E o chefe de alocação da XP Investimentos, Felipe Dexheimer, delineou distintos contextos para a economia daqui meia década, para projetar quanto a Bolsa pode render, na média por ano, ao investidor. “Esperamos um retorno próximo de 10% ao ano para o investidor, comparado a uma inflação de 3% e um CDI de 4% ao ano”, destacou.

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