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Trump sugere anexação do Canadá e da Groenlândia; reação internacional é imediata

Vai assumir a presidência dos EUA dia 20.

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O magnata Donald Trump, que deve reassumir a presidência dos Estados Unidos a partir de 20 de janeiro,, após ficar um mandato fora, devido à derrota no pleito para Joe Biden, voltou a causar controvérsia ao sugerir, em um discurso recente, a anexação do Canadá e da Groenlândia ao território norte-americano. As declarações, feitas em um evento fechado com doadores do Partido Republicano, geraram reações intensas na política internacional e reacenderam debates sobre imperialismo e soberania territorial.

Trump argumentou que a integração desses territórios seria “estrategicamente vantajosa” para os Estados Unidos, destacando a proximidade geográfica e os recursos naturais abundantes das duas regiões. “O Canadá tem tudo o que precisamos, e a Groenlândia é a joia do Ártico. É hora de pensarmos grande novamente”, disse o ex-presidente, segundo pessoas presentes no evento.

As declarações rapidamente ecoaram pelo mundo, provocando respostas contundentes de líderes estrangeiros. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, classificou a ideia como “absurda e ofensiva”. “O Canadá é uma nação soberana, construída sobre valores de liberdade e democracia. Não há espaço para esse tipo de discurso no século 21”, afirmou Trudeau.

Já na Dinamarca, que possui soberania sobre a Groenlândia, a primeira-ministra Mette Frederiksen reiterou que o território não está à venda, uma posição que já havia sido expressa em 2019, quando Trump sugeriu pela primeira vez comprar a Groenlândia. “Essas declarações são tão ridículas quanto preocupantes. A Groenlândia não é uma mercadoria e nunca será”, declarou Frederiksen.

Trump: análise política 

Especialistas apontam que as declarações de Trump podem ser uma tentativa de mobilizar sua base eleitoral em meio à corrida para as eleições presidenciais de 2024. “Trump busca retomar o controle da narrativa política com ideias que chocam, mas que, para parte de seus apoiadores, demonstram uma visão ousada e expansionista”, avalia o analista político Robert Cohen, da Universidade de Georgetown.

Embora a anexação de territórios estrangeiros seja extremamente improvável no cenário atual, a proposta destaca o estilo provocador que marcou a presidência de Trump e continua a moldar sua influência no Partido Republicano.

Contexto histórico 

Não é a primeira vez que Trump expressa interesse em adquirir territórios. Em 2019, enquanto presidente, ele mencionou a possibilidade de comprar a Groenlândia, citando sua importância estratégica para os Estados Unidos. A ideia foi amplamente criticada na época e descartada como inviável tanto política quanto diplomaticamente.

A mais recente sugestão de anexação, porém, eleva o tom ao incluir o Canadá, um dos maiores aliados históricos dos EUA. A proposta é vista por muitos como um desafio direto à ordem internacional e à diplomacia tradicional.

Enquanto isso, tanto a Casa Branca quanto lideranças republicanas evitaram comentar diretamente as declarações de Trump. A questão, contudo, já promete ser um ponto de discussão nos debates eleitorais que se aproximam, mantendo o ex-presidente no centro das atenções.

(Com Agências Internacionais).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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